Trabalho formal aumenta em 455 vagas

A diferença entre o número de admissões e demissões ocorridas na cidade entre janeiro e novembro do ano passado teve resultado positivo. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, atualmente integrado ao Ministério da Economia, disponibilizados por meio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), apontam variação de 455 empregos a mais nos 11 meses.

No decorrer de 2018, as admissões superaram as demissões, sendo 8.326 efetivações com carteira assinada contra 7.871 desligamentos, o que representa variação de 1,83% nos 4.774 estabelecimentos consultados. O número de empregos formais, em 1º de janeiro, era de 24.923.

De acordo com o mediador de negociações coletivas da Agência Regional do Ministério do Trabalho, Antônio Carlos de Moraes, quatro dos oito setores econômicos tiveram crescimento no saldo de empregos.

A construção civil despontou como líder absoluta, respondendo, no ano passado, por 257 efetivações. O setor contabilizou 708 demissões e 451 demissões, fechando com variação de 36,4% no ano. A média salarial de contratações no setor foi de R$ 1.823,01.

A indústria de transformação totalizou 179 novas vagas, resultado de 2.032 contratações e 1.853 desligamentos. O saldo positivo foi puxado pelo desempenho do subsetor de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, responsável por 25,83% das admissões.

Em terceiro lugar, aparece a agropecuária, com saldo de 55 empregos, sendo 618 admissões e 563 demissões, e, na sequência, entra o setor de extrativa mineral, que atingiu alta de 17 novos funcionários no ano, resultado de 45 contratações e 28 demissões.

Na contramão dos demais, outros quatro setores tiveram retração. Administração pública (menos 29), serviços industriais de utilidade pública (menos 10), comércio (menos 8) e serviços (menos seis).

As cinco principais ocupações, segundo o saldo de empregos, foram: alimentador de linha de produção (189), servente de obras (104), assistente administrativo (66), cozinheiro geral (51) e operador de forno na fabricação de pães, bolos e similares (46).

Já as mais prejudicadas foram: operador de caixa (menos 69), auxiliar de manutenção predial (menos 42), engenheiro mecânico automotivo (menos 42), técnico mecânico de motores (menos 38) e forneiro de materiais de constrição (menos 34).

Moraes ressalta que os números oscilam, mas a cidade vem mantendo uma média de contratações “dentro do aceitável”. Além disso, ele assegura que haverá melhora em quase todos os setores em 2019.

“Ainda é necessário crescer muito para alcançar um número ideal, contudo, acredito que, nos próximos meses, teremos saldos positivos mais altos. As expectativas são boas para o mercado de trabalho neste ano”, avalia.

Segundo os dados do órgão federal, Tatuí obteve saldo positivo em sete dos 11 meses que já tiveram o resultado divulgado. O ano começou com saldo negativo de 11 vagas, mas, já no mês de fevereiro, registrou o melhor resultado do ano, com crescimento de 300 novas ocupações formais.

A variação positiva continuou em março, fechando o mês com 23 novos postos, e em abril, com 70 novas contratações. No entanto, voltou a cair, em maio, com menos 40 vagas, e junho, quando registrou o pior resultado do ano, com o fechamento de 226 postos de trabalho.

Nos últimos cinco meses analisados, os saldos voltaram a ficar positivos e se mantiveram em alta, com 31 empregos a mais em julho, acréscimo de 12 em agosto, 239 vínculos em setembro (segundo melhor resultado do ano), 38 novas vagas abertas em outubro e 46 novos funcionários empregados em novembro.

As estatísticas do mês de dezembro devem ser publicadas pelo órgão oficial depois do dia 20 de janeiro.

De julho a novembro de 2017, o município também chegou a registrar cinco meses consecutivos com números positivos, contabilizando 309 novos empregos com carteira assinada. Mesmo assim, na época, fechou o ano com saldo negativo de 389 demissões.

O desempenho entre as cidades da microrregião, que inclui Boituva, Cerquilho, Cesário Lange, Laranjal Paulista, Pereiras, Porangaba, Quadra e Torre de Pedra, também foi positivo.

Entre as nove, 1.859 vagas com carteira assinada foram criadas nos meses de janeiro a novembro. O resultado vem de 24.811 pessoas admitidas e 22.952 despedidas.

O município de Laranjal Paulista foi o que mais contratou, com 512 novos registros. Em seguida, vêm: Tatuí, com saldo positivo de 455 vagas; Boituva, com 475; Cerquilho, com 307, Porangaba, com 166; Torre de Pedra, com 15; e Quadra, com 11 novas vagas.

Das cidades da microrregião, apenas Cesário Lange e Pereiras registram saldo negativo. Pereiras obteve o pior desempenho, com o fechamento de 83 postos de trabalho. Em seguida, vem Cesário Lange, com menos 36 vínculos.

Ainda segundo o Ministério do Trabalho, para os próximos meses0 a expectativa é de que o saldo de empregos volte a registrar crescimento em Tatuí e na região. “Se as expectativas se confirmarem, o setor de indústria deve dar uma guinada”, observa Moraes.

O setor que mais contribuiu em 2018 também deve continuar com saldos positivos em 2019. Ele salienta que a construção civil deve continuar avançando, pela quantidade de construções iniciadas na cidade. “Tanto nas construções empresariais quanto as residenciais têm contratado bastante”, aponta.

O emprego formal também manteve a tendência de crescimento no país. Em novembro de 2018, registrou saldo de 58.664 novos postos de trabalho, equivalente à variação de 0,15% em relação ao mês anterior.

Esse resultado decorreu de 1.189.414 admissões e de 1.130.750 desligamentos. Foi o melhor saldo do mês de novembro desde 2010. No acumulado do ano, houve crescimento de 858.415 empregos, uma variação de 2,27%. O acréscimo, nos últimos 12 meses, é de 517.733 postos de trabalho, correspondente à variação de 1,36%.

Em termos setoriais, ocorreu crescimento em dois dos oito setores econômicos. Os dados registram expansão no nível de emprego nos setores de comércio (88.587 postos) e serviços (34.319.

Houve queda no nível de emprego nos setores da indústria de transformação (menos 24.287 postos), agropecuária (menos 23.692), construção civil (menos 13.854), administração pública (menos 1.122), extrativa mineral (menos 744) e serviços industriais de utilidade pública (menos 543).

O setor do comércio foi o principal destaque de novembro. Foram registradas 361.866 admissões e 273.279 desligamentos, resultando em saldo de 88.587 postos de trabalho, o que corresponde ao crescimento de 0,99% sobre o mês anterior.

Esse resultado foi impulsionado tanto pelo subsetor do comércio varejista (82.747 postos formais, 1,12%) quanto pelo subsetor do comércio atacadista (5.840 empregos, 0,36%).

O setor de serviços apresentou o segundo saldo positivo mais expressivo no mês. Foram registradas 488.559 admissões e 454.240 desligamentos, gerando saldo de 34.319 postos, crescimento de 0,20% sobre o mês anterior.

Entre os subsetores, houve saldo negativo apenas em uma atividade econômica, a de ensino, com menos 4.094 vagas formais.

Nas demais, houve saldo positivo: serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (com mais 13.895 postos); comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico (mais 12.447); serviços médicos, odontológicos e veterinários (mais 8.278); transportes e comunicações (mais 3.024); e instituições de crédito, seguros e capitalização (mais 769).

 

 

 

 

Empregos com carteira assinada fecham o ano com saldo positivo (foto: Diléa Silva)