Da reportagem
A economia tatuiana gerou 498 novos empregos com carteira assinada em outubro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados na quinta-feira da semana passada, 26 de novembro.
Conforme o órgão da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, o resultado, decorrente de 1.218 admissões e 720 demissões, é o melhor para o mês de outubro desde 2007 – início da série histórica do cadastro.
De acordo com Gustavo Grando, diretor do Cate (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo) e coordenador do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), o resultado “surpreendeu”.
Ele apontou o posto de atendimento como responsável pela maior parte das contratações efetuadas em outubro. “O PAT teve uma grande participação nessa estatística”, declarou.
“No período, atendemos uma grande empresa do ramo alimentício, oferecendo vagas para auxiliares de produção, e tivemos o grande prazer de atender à grande demanda de vagas do recém-chegado atacadista, que veio a colaborar ainda mais com o ótimo resultado do saldo positivo, disponibilizado mais de 240 novos postos de trabalho”, declarou o diretor.
No décimo mês, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais. Assim como no mês de setembro, a estatística foi liderada pelo comércio, com a abertura de 249 vagas, advindas de 501 admissões e 252 desligamentos.
A atividade comercial é a terceira maior empregadora do município, com o estoque de 6.614 funcionários (25,4% do total). O Caged aponta ter 26.107 trabalhadores no mercado formal, com carteira assinada.
Entre os subsetores, o comércio por atacado (exceto recuperação de veículos automotores e motocicletas) aparece no topo, com mais 207 vagas, advindas de 231 contratações para 24 demissões.
Em seguida, vem o comércio varejista, com a geração de 32 novos postos – resultado de 239 admissões para 207 desligamentos – e, por último, o comércio de recuperação de veículos automotores e motocicletas, com mais dez vagas, advindas de 31 contratações para 21 demissões.
O setor industrial obteve o segundo melhor resultado, com a criação de 152 novas vagas. O volume advém de 330 admissões e 178 demissões. A atividade é a segunda maior do município, contando com 8.484 funcionários formalizados. O número representa 32,5% do total de 2020.
A indústria de transformação foi responsável por 313 contratações e 177 desligamentos, resultando em 136 novas vagas, enquanto 16 admissões e uma demissão ocorreram na indústria de extrativas.
Em terceiro lugar, está o setor de serviços, com 119 postos de trabalho gerados em outubro – resultado de 321 admissões para 202 demissões. A atividade econômica é a maior empregadora da cidade e concentra 33,5% do estoque de empregos, com 8.748 trabalhadores.
Na análise entre os subsetores, o relatório mostra os serviços de transporte, armazenagem e correios em primeiro lugar. Foram 73 vagas geradas, advindas de 134 contratações e 61 desligamentos.
Em seguida, aparecem os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras (imobiliárias e administrativas), com mais 29 postos; administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (mais 19); alojamento e alimentação (mais três).
Fecharam o mês com saldo negativo os serviços domésticos (menos uma vaga) e outros tipos de serviços (menos quatro).
Na quarta posição dos que mais empregaram em outubro, está a construção civil. O setor abriu 20 vagas de emprego formal – resultado de 56 contratações e 36 desligamentos. A atividade concentra 3,1% da mão de obra contratada no município, com um total de 809 trabalhadores formalizados.
Na área de serviços especializados da construção civil, foram 21 novas vagas. O setor de construção de obras e infraestrutura gerou duas novas vagas, e a atividade de construção de edifícios fechou três postos.
Completa a lista a agropecuária. O grupo, que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, foi o único a obter saldo negativo em outubro, com dez admissões e 52 desligamentos (menos 42 postos).
A atividade é a quarta maior contratadora e concentra 5,5% do estoque de empregos deste ano, com 1.452 funcionários formalizados até o mês de outubro.
Saldo acumulado
Este é o quinto mês consecutivo com saldo positivo de empregos em Tatuí. Em agosto, a cidade gerou 459 novas vagas, decorrentes de 943 admissões e 484 demissões.
No sétimo mês, o saldo líquido foi positivo em cem vagas, resultado de 549 contratações e 449 desligamentos, e, em junho, 91 vagas foram criadas, com 528 admissões para 437 demissões.
O volume de empregos gerados em outubro ainda representa acréscimo de 24,53% nas contratações com carteira assinada e aumento de 16,12% nos desligamentos em relação a setembro, quando o município gerou 358 postos de trabalho, advindos de 978 contratações e 620 desligamentos.
Os resultados obtidos nos últimos cinco meses conseguiram compensar a perda de postos de trabalho ocorrida nos meses de abril (menos 590 vagas) e maio (menos 692) – os primeiros da quarentena, imposta devido à pandemia do novo coronavírus.
Em janeiro, 18 postos de trabalho acabaram fechados na cidade, com 937 contratações e 955 desligamentos. Em fevereiro, os números subiram, e 242 novas vagas foram geradas, advindas de 1.045 admissões e 803 demissões.
A tendência de saldo positivo foi mantida em março, com mais cinco postos de trabalho. Contudo, a queda no número de contratações e a alta das demissões em abril e maio contribuíram para que o saldo permanecesse negativo no acumulado de nove meses do ano.
Até setembro, o mercado de trabalho estava no vermelho e amargava o fechamento de 29 vagas. Com o saldo do décimo mês, o acumulado de janeiro a outubro, voltou a ficar no azul, com 465 novas vagas, advindas de 7.749 contratações e 7.284 desligamentos.
Na soma de janeiro a outubro, quatro setores fecharam com saldo positivo: serviços, com a geração de 294 novas vagas; indústria, com mais 169; comércio, com 40 postos, e agropecuária, com 22. A construção civil fechou 60 vagas.
Ainda segundo o levantamento, comparadas aos primeiros dez meses de 2019, as admissões cresceram 0,01% e as demissões subiram 1,46%. O levantamento não leva em consideração funcionários públicos estatutários e trabalhadores na informalidade.
O resultado positivo também ocorreu no país. O Brasil criou 394.989 vagas com carteira assinada em outubro. O saldo é resultado de 1.548.628 admissões e 1.153.639 desligamentos. No mesmo mês de 2019, foram criadas 70.852 vagas formais.
Segundo Grando, a expectativa do PAT era alcançar o saldo positivo no acumulado do ano até dezembro, contudo, agora, a meta é manter o resultado no azul e criar novos postos de trabalho.
“Podemos dizer, com total convicção, que, aos poucos, a economia de nossa cidade está aquecendo, trazendo consigo novos investimentos, aumentando, assim, a geração de emprego e renda, para os pequenos e médios negócios, sendo formais ou informais”, concluiu o diretor.