Shopping está dependente de alteração de zonas da cidade





Mencionado em discursos na manhã do dia 8 e na tarde do dia 10, a construção do primeiro shopping center em Tatuí está dependendo de alterações na lei de zoneamento. Para o projeto vingar, o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, disse que a Câmara Municipal precisa aprovar as mudanças.

As especulações sobre a vinda de um empreendimento desse porte começaram em 2014. O prefeito disse que está “trabalhando há um bom tempo nesse sentido”.

“Muitas pessoas estão me perguntando, mas estamos nesse projeto desde março do ano passado, com empresários de uma cidade vizinha”, falou.

Em Tatuí, os representantes do negócio começaram, primeiro, a procurar por áreas. Conforme o prefeito, eles encontraram um terreno apropriado, no qual funcionou o Haras Estância Irapuá, à margem da rodovia SP-127, e já o adquiriram.

A compra ocorreu com a intenção de construção de um shopping center no final do ano passado. O processo de escritura foi balizado com apoio do Pró-Tatuí, lei de incentivo à instalação e ampliação de novos negócios no município.

O prefeito informou que a lei isentou o investimento de pagamentos de impostos que incidiriam sobre a compra e sobre a área. “Esse é um suporte que o Pró-Tatuí nos dá. Com isso, avançamos as negociações para o início das obras”.

Em função da condição do zoneamento, que divide o município em áreas residenciais, industriais e comerciais, a construção não pôde ser iniciada.

A solução seria modificar a lei para permitir o funcionamento do empreendimento no local, já que ele estará nas imediações do Parque Marajoara.

O shopping já é considerado um “divisor de águas” pelo prefeito.

A expectativa é de que ele traga um “intenso desenvolvimento para a cidade”. “Ele será de um valor que não tem nem como mensurarmos o que vai melhorar”, falou.

Segundo Manu, a mudança na lei municipal de zoneamento é necessária especialmente por conta da abertura de uma nova avenida, que dará acesso o Jardim Paulista.

A futura via deve representar uma “nova entrada para a cidade”, com iluminação, canteiro central, ciclovia e obras de revitalização urbanística.

“Tudo isso já foi projetado pelo pessoal do empreendimento e ‘vizinhos’, que são as pessoas que farão esse investimento no município”, antecipou o prefeito.

O projeto prevê, somente na construção da avenida, investimento de R$ 20 milhões. O montante a ser aplicado no empreendimento e o número de vagas a serem geradas ainda são mantidos em sigilo, a pedido dos investidores.

Com o início da abertura da avenida, o prefeito disse que a previsão é de começar o serviço de terraplanagem na área do futuro shopping imediatamente.

O trabalho inclui drenagem e rede para captação de água. “É um prédio gigante, um shopping regional, e que depende de agilidade”, disse o prefeito.

Para acelerar o processo e não correr o risco de perder o investimento, Manu informou que realizou audiências com os vereadores. O primeiro encontro para discutir o assunto aconteceu na semana retrasada, para a exibição do projeto, a explicação dos valores de investimentos e as exigências.

A Prefeitura encaminhou a proposta de alteração da lei de zoneamento para a Câmara, uma cópia da autorização do conselho gestor do Pró-Tatuí e os planos do empreendimento neste mês. No momento, o prefeito disse que aguarda a votação.

Contudo, afirmou que espera que a mudança seja aprovada “o mais rápido possível”. Há risco de empresários desistirem, caso o prazo de análise seja prorrogado, tornando o shopping center economicamente desinteressante.

“Eles (os investidores) têm metas a cumprir. Já tem muita loja grande negociando o espaço dentro do shopping, mas eles querem ver acontecer. Se nada mudar, eles vão migrar o investimento para outro lugar”, alertou o prefeito.

A pressa do Executivo é em dar garantias para os empresários. Manu afirmou, ainda, que a Prefeitura precisa dar condições para que o negócio se concretize. “Os vereadores têm que ter consciência de que estão segurando um projeto de alto alcance e desenvolvimento para a cidade”, declarou.

De antemão, o prefeito informou que o shopping pertencerá a um único empresário. “Não posso revelar quem é, até por questões de natureza ética, mas ele vai fazer com recursos próprios, não com um fundo”, disse. O negócio será o primeiro do ramo aberto pelo investidor.