Região sul do municí­pio soma cinco oportunidades de oficina





Cinco oportunidades estão abertas na região sul do município. As vagas são para oficinas oferecidas no novo prédio do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), no Jardim Santa Rita de Cássia. Os interessados podem se inscrever no local, à rua Osmil Martins, 305, ou obter dados pelo telefone 3251-2442.

As vagas são para jazz, balé, produção artesanal de papel, confecção de roupas para bonecas e para o programa “Alimente-se Bem – Sabor na Medida Certa”. Este último é realizado em parceria com o Sesi (Serviço Social da Indústria).

O novo prédio do centro, entregue no fim do mês passado, vai abrigar o terceiro ponto do Acessa São Paulo de Tatuí. O serviço é utilizado por mais de 1.500 pessoas ao mês.

A cerimônia de inauguração contou com participação do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, da primeira-dama Ana Paula Cury Fiuza Coelho e do ex-secretário municipal da Indústria e Desenvolvimento Econômico e Social, Márcio Antônio Fernandes – exonerado no início do mês.

O prédio assumido pela Prefeitura havia sido construído pelo Cosc (Centro de Orientação e Serviços da Comunidade). Na ocasião da inauguração como sede do Cras, o presidente do conselho, Juvenal Marques Rodrigues, falou sobre a decisão de devolver o imóvel ao Executivo. Também fez uma retrospectiva das ações realizadas pelo conselho desde o ano de 2003.

“Queria dizer da minha satisfação, alegria, da minha felicidade em ver este prédio sendo utilizado para melhoria no bairro, das pessoas. A vida só melhora quando nós nos tornamos pessoas melhores”, iniciou o presidente do Cosc.

Em discurso, ele citou dificuldades enfrentadas pela entidade no início das atividades. Conforme Rodrigues, o Cosc não conseguia voluntários para ministrar cursos no bairro, uma vez que o Santa Rita era considerado muito violento.

“O bairro sofria desse estigma, e as meninas que participavam do projeto tinham dificuldade de conseguir emprego. Quando falavam que eram do Santa Rita, existia uma certa barreira”, disse ele, relembrando especial publicado por O Progresso em 2011, contando a trajetória de desenvolvimento na região.

No bairro, o Cosc encontrou os primeiros apoios junto aos moradores do Santa Rita. Os cursos iniciais de artesanato e culinária precisaram ser ministrados nas casas dos residentes de modo a aproximá-los do objetivo do centro.

Em 2004, o Cosc iniciou trabalho com crianças – inicialmente, com meninas. Passou a oferecer atividades para os menores e adolescentes em um barracão locado.

“Começamos de forma precária e fomos trabalhando, conseguindo voluntários. E a Prefeitura nunca deixou de nos apoiar, até que conseguimos uma área em comodato e construímos esse prédio”, disse Rodrigues.

Com o tempo, o presidente do Cosc afirmou que identificou melhora significativa no comportamento das crianças e jovens atendidos pelo conselho. “Isso nos deixou muito feliz, e nos fez sentir que nossa missão aqui foi cumprida”.

Em função disso e por conta do aumento de custo de manutenção das atividades, a entidade decidiu priorizar uma nova região do município. Deixou o Santa Rita, onde atendia 80 crianças, para investir em novos projetos, focando 40 crianças que participam de horta mantida na vila Esperança.

Rodrigues declarou que o centro repassou o prédio para a Prefeitura com a finalidade de que pudesse ter atividades ampliadas, a partir do Cras. Também afirmou que ficou contente com a instalação do Acessa São Paulo no imóvel.

“Achei maravilhoso. Muitos não tinham condição de ir para a cidade e não sabem que R$ 1 ou R$ 2 para uma família que paga ônibus fazem diferença”, argumentou.