Quem somos?





Neste sábado, dia 31, às 15h, no Museu “Paulo Setúbal”, todos os leitores estão convidados a assistir à palestra “Sabedoria Universal e a Corrente de Fraternidades”.

A Escola Espiritual da Rosacruz Áurea, ou Lectorium Rosicrucianum, fundada em 1924, na Holanda, está ligada a uma corrente de fraternidades hermético-gnósticas que vem divulgando publicamente o conhecimento universal, a Gnosis. O conhecimento universal conduz o ser humano a encontrar a resposta à questão fundamental (“Quem somos?”) em si mesmo.

Essa corrente de fraternidades é composta por várias escolas espirituais, entre as quais podemos citar as fundadas por Buda, Lao Tsé, Pitágoras e, Platão, o cristianismo gnóstico original, o maniqueísmo, os cátaros na França dos séculos 12 a 14 e os rosa-cruzes clássicos na Alemanha do século 17.

Apesar de a resposta à questão formulada só se revelar após um processo de autodescoberta, é possível falar algo a esse respeito que direcione o ser humano nessa busca: tudo se resume na História do cosmo do qual fazemos parte.

Na origem dos tempos, o cosmo fluiu do pensamento de Deus e manifestou-se em criaturas divinas, os seres humanos originais. Eram verdadeiros microcosmos, pequenos mundos em união com Deus, vivendo a partir de uma lei cósmica fundamental: “Tudo receber, tudo abandonar, para tudo renovar”. Assim, sua energia divina tinha movimento centrífugo, isto é, era irradiada para todo o cosmo: recebiam a energia de Deus, liberavam essa energia e a renovavam constantemente, em contínuo aperfeiçoamento.

Sua tarefa era realizar o plano divino na sétima região cósmica, o laboratório alquímico de Deus ou Jardim dos Deuses, mediante ação criadora. Nessa sétima região, a dialética das forças criava um movimento contínuo e, assim, tudo evoluía. O plano era que esses seres e suas criaturas evoluíssem no setenário cósmico até a perfeição, sempre em harmonia com a vontade divina.

Mas alguns desses seres se enamoraram de suas criações e retiveram a energia que deveriam distribuir: assim, passaram a vibrar centripetamente e ficaram danificados, implodindo, decaindo em vibração e perdendo sua personalidade de luz, que permitia sua manifestação. Essa queda vibratória impediu que voltassem à sua condição original de contato direto com Deus. O verdadeiro paraíso, o Jardim dos Deuses, também se tornou inacessível para eles. No entanto, no centro do microcosmo, continua presente a promessa do retorno: a rosa ou átomo centelha do Espírito.

Como “Deus não abandona a obra de suas mãos”, uma ordem de emergência foi criada e um plano de salvação se desenvolveu: foi criada uma personalidade material que substituísse provisoriamente o que se perdeu, para que os microcosmos pudessem novamente se manifestar.

Essa personalidade, que pensamos ser o ser humano atual, na verdade é apenas um figurante nessa casa microcósmica. Somos nós!

E qual é o objetivo do microcosmo e da personalidade?

No próximo artigo analisaremos essa questão.


* Aluna da Escola Espiritual da Rosacruz Áurea / www.rosacruzaurea.org.br e www.pentagrama.org.br /
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