Professores fazem curso para implantar cí­rculos em escolas





Amanda Mageste

Professores recebem certificado de conclusão de curso

 

Dia 11, sexta-feira, professores mediadores, diretores e coordenadores de escolas de Tatuí, Itapetininga, Alambari, Sarapuí e São Miguel Arcanjo estiveram no fórum para receberem certificado de conclusão do curso de Justiça Restaurativa.

O curso, chamado “Justiça Restaurativa Processos Circulares”, aconteceu na Derita (Diretoria de Ensino da Região de Itapetininga) e teve o objetivo de discutir aspectos de processos circulares e orientar professores mediadores sobre como fazer círculos restaurativos nas escolas.

O juiz de direito e coordenador do Núcleo de Justiça Restaurativa, Marcelo Nalesso Salmaso, promoveu encontro com os concluintes do curso, para a entrega de certificado e para falar o que ele espera que seja feito nas escolas da região.

Os participantes e o juiz fizeram uma dinâmica em círculo e, depois, iniciaram a reunião falando sobre a importância do curso e quais objetivos esperam atingir.

Salmaso utilizou uma boneca para ser o “bastão da fala”, mesma técnica utilizada em círculos restaurativos, para todos poderem falar.

O juiz agradeceu a presença dos participantes: “Marca o final de uma formação e o início de uma nova fase. Agradeço que cada um tenha disponibilizado um tempo para estar aqui, porque sabemos que tempo é corrido e concorrido”.

O círculo iniciou igual aos feitos em justiça restaurativa, com cada participante falando um “valor humano” que eles esperavam para o momento.

Após todos se pronunciarem, o juiz solicitou, também, que os participantes dissessem o que esperam que aconteça depois dessa etapa concluída.

“A gente tem bastante sonho, e eu espero conseguir que esses jovens, que chegam para a gente com rebeldia, que voltem a sonhar, acreditem em um mundo melhor, um mundo que pode ser construído com amor, com fé, sem preconceito, dentro da realidade deles. Espero que resgatem o direito de sonhar com um futuro melhor”, disse uma professora.

Salmaso afirmou que espera que a justiça restaurativa passe a ser o paradigma de convivência na sociedade e instituições. Para que isso aconteça, ele pede aos professores que comecem a realizar processos circulares em escolas, não somente no fórum.

“A partir dos processos, nós podemos começar a mudar a mentalidade da comunidade escolar”, ressaltou.

Três professores presentes na reunião contaram que já fizeram pelo menos um círculo restaurativo nas escolas em que trabalham e disseram que os resultados foram “excelentes”.

O juiz finalizou dizendo que acha importante que os círculos aconteçam nas escolas, “para a comunidade ver como o trabalho é feito”.

“Gostaria que déssemos início a esse fluxo, que as escolas trouxessem, por meio de relatos, questões que acontecem para trabalharmos em círculo, primeiro, aqui e, depois, nas escolas”, ressaltou Salmaso.