Prefeitura repassa R$ 300 mil à  Santa Casa de Misericórdia





A Santa Casa de Misericórdia será beneficiada com R$ 300 mil, que devem ser empregados para custeio, equilíbrio de receitas e despesas da entidade.

O repasse é originário da Câmara Municipal. A casa devolveu parte do recurso que é destinado às despesas do Legislativo. O dinheiro economizado, agora, volta à Prefeitura, que o destinará ao hospital nos próximos dias.

A ideia surgiu com a própria provedora Nanete Walti de Lima e com o tesoureiro João Prior, que a levaram ao presidente da Câmara, Oswaldo Laranjeira Filho.

Laranjeira consultou o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, que concordou com o pleito e determinou a formulação de um projeto que atendesse à reivindicação. A matéria foi aprovada, por todos os vereadores, dia 30, em sessão extraordinária.

Para Laranjeira, a integração entre Câmara, Prefeitura e Santa Casa “representa melhores condições de saúde para toda a população”.

“Estamos fazendo, hoje, o maior repasse da história. Nunca a Câmara Municipal devolveu tamanho montante de recursos. Estamos cumprindo com nossa função, legislando, indicando, sugerindo, fiscalizando, e ainda auxiliando esta entidade tão importante para nossa cidade”, afirmou.

Manu destacou “a credibilidade, o comprometimento e a integração que a nova diretoria da Santa Casa vem representando” e projetou novas conquistas.

O prefeito lembrou avanços recentes, obtidos a partir de trabalho cooperado, como a reforma e revitalização da UTI (unidade de terapia intensiva), que em breve receberá equipamento para hemodiálise, além da própria readequação do Pronto-Socorro Municipal.

“Estamos reorganizando a Saúde no município, uma iniciativa que precisa de tempo, planejamento e recursos. Mas, não há como conceber saúde sem um hospital em pleno funcionamento e com contas equilibradas. Por isso, essa parceria é tão importante”, disse.

A Santa Casa, assim como as demais instituições similares do país, tem defasagem da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde). Os procedimentos médicos e cirúrgicos custam entre 30% e 60% a mais do que o valor repassado pelo Ministério da Saúde.

O assunto foi, inclusive, tema do discurso do governador Geraldo Alckmin, em recente visita ao município. “O difícil não é construir, equipar, e sim manter funcionando, custear”, lembrou.

O déficit mensal da entidade está avaliado em R$ 250 mil. A Prefeitura, entre janeiro e agosto de 2013, repassou R$ 7.959,902,58 ao hospital, quase R$ 1 milhão por mês.