Praça da Matriz abrigará até dia 31 tendas de artesanato e alimentação





Rafael Segato

Barracas oferecem variedade de itens artesanais e objetos decorativos com preços a partir de R$ 3,00

 

A Praça da Matriz voltou a abrigar a feira de artesanato e alimentação da cidade. Desde o início deste mês, os artesãos e feirantes estão expondo e vendendo produtos no evento, que segue instalado até o dia 31 de dezembro, funcionando entre 9h e 22h.

As barracas oferecem uma variedade de itens artesanais e objetos decorativos, como quadros, móbiles, mensageiros do vento, bonecas, arranjos de flores em tecido, artigos para cozinha, utilidades domésticas, roupas, acessórios e outros produtos, com preços a partir de R$ 3.

A Praça de Alimentação conta com barracas de batata e pão de queijo recheados, pastel, churros, doces e outras opções.

Os artesãos mostraram-se satisfeitos com a realização da feira na praça central. Antonio Roberto Correa, o “Astral”, 59, e a esposa Fátima Pires Correa, a “Espanhola”, 49, produzem acessórios e objetos decorativos feitos principalmente com pedrarias e materiais naturais. Para eles, a Praça da Matriz é o ponto mais adequado da cidade para comercializar os produtos.

“Não é melhor apenas para nós, é melhor para todo mundo. Nossa estadia aqui melhora o comércio geral. As pessoas saem de casa para ver a feira e, automaticamente, passam pelo comércio. É um benefício geral, e é bom para o turismo”, afirmou Correa.

Até alguns meses atrás, as tendas eram montadas na praça Martinho Guedes (“Praça da Santa”), a qual, segundo os feirantes e artesãos, não era um espaço seguro.

“Era uma praça muito ociosa e agregava muitos marginais. As famílias não frequentavam. Aqui, na Matriz, já tem mais tranquilidade, mais movimento”, analisou o artesão.

De acordo com os feirantes, a iniciativa de levar a feira até o local foi um promessa de campanha feita e cumprida pelo prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu.

O operador de máquinas João Gabriel, 53, comercializa há sete anos o artesanato produzido pela esposa Sandra Martins Gabriel, 49. O casal possui uma barraca de objetos decorativos feitos em tecido, principalmente vasos de flores, bonecas e pesos de porta, com preços que variam de R$ 3 até R$ 95.

Gabriel também reforça que o espaço em frente à Paróquia-Santuário Nossa Senhora da Conceição é o local ideal. “Já passamos por diversas praças: do ‘Museu’ (Manoel Guedes), do ‘Barão’ (Paulo Setúbal), da ‘Santa’. Em questão de vendas, nenhum é tão bom quanto a Matriz”, disse.

Edna Alice Dias dos Santos, 55, e o marido José Carlos dos Santos, 43, têm uma barraca de pastel há oito anos. Neste mês de dezembro, todos os dias, chegam à feira por volta das 13h com produtos fresquinhos para darem início às vendas, que não têm hora para acabar. Vendem, em média, de 120 a 150 pasteis por dia.

O casal elogiou a infraestrutura oferecida na praça central. Segundo eles, a Prefeitura providenciou as instalações elétricas para funcionamento dos eletrodomésticos utilizados nas barracas. “Também tem um eletricista que fica à disposição. Quando precisamos e ele não está aqui, é só ligar que logo ele vem”, conta Edna.

Mais frequente

Os artesãos e feirantes fazem parte de duas associações que, em um trabalho conjunto com a administração municipal, autorizam a realização das feiras e organizam cronograma com as datas e os locais das atividades.

A feira é realizada uma vez por mês. Durante três dias (sexta, sábado e domingo), as barracas ficam montadas na Praça da Matriz. A exceção é dezembro, quando permanece o mês todo.

Como normalmente a única fonte de renda dos artesãos é a comercialização das peças, é preciso ir para outras cidades no decorrer do ano para aumentar o faturamento mensal. Correa e Fátima costumam ir a feiras em cidades como Boituva, Cesário Lange, Itapetininga, Itu, Piracicaba, Quadra e Salto.

Em algumas dessas cidades, de acordo com casal, a realização das feiras é semanal. Em municípios como Cesário Lange, Itapetininga e Quadra, as prefeituras ofereceriam, até mesmo, alojamentos para os vendedores.

O pedido mais comum entre os artesãos é justamente esse: que as feiras se tornem mais frequentes. A sugestão seria dois finais de semana ao mês, pelo menos.

“Teremos que continuar indo para fora da cidade até que, um dia, alguém toma a iniciativa e nos dê espaço e liberdade para ficarmos todo final de semana aqui, ou, no mínimo, de 15 em 15 dias”, declarou Correa.

“Se isso acontecer, não haveria necessidade de sairmos de Tatuí. Nossa vontade é permanecer aqui. Nada melhor do que estar na nossa própria casa”, encerrou o artesão.