Ponte do Junqueira custará R$ 900 mil; contrato do Marapé terá ‘fim’

 

Pouco mais de R$ 900 mil é o quanto deve custar a reconstrução da ponte que liga o Jardim Junqueira à avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali, na vila São Cristóvão. O valor consta em projeto apresentado pela Prefeitura, em caráter de urgência, junto à Casa Civil, do governo do Estado de São Paulo, na segunda-feira, 9.

O Executivo decretou, no dia 6, situação de emergência por conta da queda da ligação – no dia 5 – e da interdição parcial do acesso ao Jardim Planalto, na manhã de terça-feira, 9.

Engenheiros da Prefeitura trabalharam na confecção do projeto de reconstrução nos dias 7 e 8, o qual está em análise pelo Estado, conforme informou a prefeita Maria José Vieira de Camargo a O Progresso.

No dia 6, ela esteve no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para reuniões na Defesa Civil e Casa Civil. Maria José esteve acompanhada pelo ex-prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo (primeiro suplente de deputado estadual pelo PSDB), pela secretária municipal do Planejamento e Gestão, Juliana Rossetto Leomil Mantovani, e pelo engenheiro João Batista Costa (Defesa Civil de Tatuí).

Nos encontros, a prefeita tratou da situação das pontes que caíram ao longo do ribeirão do Manduca. Na Casa Civil, a reunião aconteceu com o titular da pasta, Samuel Moreira, com os secretários Benedito Braga (Recursos Hídricos), Antonio Velloso Carneiro (adjunto do Meio Ambiente) e Gilberto Natalini (da pasta do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo).

Na Defesa Civil, Maria José conversou com o tenente-coronel Homero de George Siqueira. Ela apresentou relatório detalhado da situação das pontes do município.

Técnicos da Defesa Civil estadual estiveram em Tatuí ainda no dia 6 para autorizar a retirada dos destroços do acesso que ruiu na quinta-feira. No dia 11, o Executivo iniciou os trabalhos de remoção do entulho gerado com a queda.

Conforme a Prefeitura, a estrutura permaneceu no leito do ribeirão e, com eventuais chuvas, poderia atrapalhar o fluxo das águas e comprometer ainda mais outras pontes. Entre elas, a do Bosques do Junqueira e do Jardim Paulista, que estão respectivamente, interditada e parcialmente interditada.

Os trabalhos de remoção dos entulhos podem demorar até cinco dias. “A realização da remoção só foi possível graças a uma autorização da Defesa Civil estadual, que visitou o local na última semana”, enfatizou a Maria José.

A Prefeitura quer acelerar o processo que permite a reconstrução da ponte “Anita Santi”, no Junqueira, dando “uma resposta à população”. Para tanto, já incluiu, no decreto de situação de emergência, o número de cadastro no governo federal.

O Executivo também quer agilizar os trâmites para a reconstrução da ponte do Marapé, em obras desde a metade do ano passado. “Estamos, realmente, empenhados para resolver a situação o mais rápido possível, porque a população já não aguenta ficar mais sem acesso e da maneira que está”, argumentou.

Para isso, a Prefeitura deve rescindir contrato com a empresa responsável pelas obras no Marapé. A equipe de governo já notificou a companhia. Contudo, o documento só terá efeito cinco dias após os responsáveis pela empresa receberem-no. O passo seguinte será uma nova licitação.

A Prefeitura alega que a empresa não está cumprindo com o prazo contratual da reconstrução. Com base nisso, deve recomeçar o processo burocrático para viabilizar a obra. Em função dos trâmites, a prefeita disse que existe a possibilidade de a ponte do Junqueira ficar pronta antes da do Marapé.

“Esta é uma hipótese, uma vez que o projeto do Junqueira está fluindo mais rápido. Além disso, o decreto de situação de emergência facilita muito”, comentou.

O projeto do novo acesso ao Junqueira prevê um novo traçado para veículos. Conforme Maria José, a proposta da Prefeitura é mudar a angulação da ponte, deixando-a com a “curva menos acentuada e mais suave”.

“O acesso que caiu foi construído há 30 anos. Nós queremos tirar aquela curva, melhorar o trajeto, deixar a ponte maior e com duas mãos”, antecipou.