A Polícia Militar local terá a frota renovada até o fim do ano, ou – no mais tardar – início do ano que vem. Também permanece com o efetivo da FT (Força Tática).
É o que informou o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu. Segundo ele, o grupamento trazido ao município em 2013 corria risco de ser transferido para Itapetininga. “Havia um pedido nesse sentido”, contou.
O prefeito relatou que soube do deslocamento da Força Tática para o batalhão da companhia há 15 dias. A cidade recebeu o grupamento a partir da fusão da 2a com a 4a companhia, esta última que, até então, funcionava no município.
Por conta da junção, Manu explicou que o Executivo pediu, como contrapartida, a vinda de uma força formada por profissionais mais especializados.
Conforme o prefeito, o efetivo da FT local é integrado por 4 sargentos e 22 cabos e soldados. “São eles que fazem a maior parte policial na cidade. Eles são responsáveis pelas apreensões de trafico e combate à criminalidade. Nós podemos dizer que são a nossa Rota (grupo de elite) em Tatuí”, afirmou.
Ao tomar conhecimento do fato, o prefeito informou que procurou o coronel Antônio Valdir Gonçalves Filho, comandante do CPI-7 (Comando de Policiamento do Interior). Manu afirmou que o grupamento é importante para que o município continue com índices de criminalidade em queda. “Os nossos indicativos são os melhores há mais de 15 anos, devido a uma força conjunta entre a PM, a Guarda Civil Municipal, a Polícia Civil e a cerca eletrônica”, declarou.
No encontro com o coronel, o prefeito repassou os dados estatísticos e recebeu, do oficial, a notícia de que o CPI-7 é um “dos melhores e mais seguros do Estado de São Paulo”. Manu disse, ainda, que Filho citou Tatuí como uma das cidades com menor número de ocorrências na área do comando sorocabano.
Conforme o prefeito, o oficial mencionou que a cidade não tem registros, também, de assaltos a banco e de estouros de caixas eletrônicos. “Isso tem sido uma prática ainda muito constante, mas Tatuí, graças a Deus e a todo esse efetivo policial, tem conseguido inibir os bandidos de cometer esses crimes”, citou.
A vinda da Força Tática para Tatuí foi negociada em 2013 pelo prefeito, junto ao então comandante do CPI-7, coronel Helson Léver Camilli, e ao secretário da Segurança Pública do Estado, Fernando Grella Vieira.
“Quando deparamos com essa notícia (o ofício que pedia deslocamento da FT de Tatuí), pedi, imediatamente, audiência para levarmos nossa necessidade”, afirmou.
Conforme o prefeito, Filho confirmou haver pedido de transferência do efetivo de Tatuí para Itapetininga. Entretanto, disse ao prefeito que a medida não estava nos planos do comando. O coronel antecipou, ainda, duas notícias.
A primeira é que a Força Tática ganhará novo reforço, com mais um tenente. O oficial vai “preencher, na totalidade, o quadro de profissionais da equipe”.
A segunda novidade é que a companhia terá a frota renovada. “Elas (as viaturas) têm um desgaste muito grande, pois rodam 24 horas por dia. Mas, até o final do ano, no mais tardar no começo de 2017, todas serão trocadas”, anunciou.
A Prefeitura tomou conhecimento do ofício de solicitação de transferência por meio dos próprios policiais militares. Manu citou que mantém “bom relacionamento” com os profissionais e que, conversando com eles, soube da possibilidade.
O assunto veio à tona após pronunciamento do tenente-coronel Marcelo Amaral de Oliveira, comandante do batalhão de Itapetininga. Na tribuna da Câmara, em junho, ele voltou a defender a instituição de convênios entre a PM e a Prefeitura.
Os acordos seriam para atividade delegada (que permite aos militares trabalharem para o município em dias de folga), fiscalização de trânsito e monitoramento de câmeras.
Em Tatuí, pelo menos até o momento, Manu informou não haver possibilidade de a administração firmar o primeiro acordo.
“Quero deixar claro que acho o convênio de atividade delegada de importância para o município, mas, infelizmente, ele gera custo. Eu não estou pagando nem hora extra para os funcionários públicos, como é que eu vou criar mais uma despesa, colocando isso em prática?”, questionou.
De acordo com ele, mesmo os policiais merecendo o direito de trabalharem em Tatuí em dias de folga, não existe possibilidade financeira. “No momento, não cabe. Entendo que os policiais precisam e merecem, mas não tenho orçamento”, justificou.
A perda do efetivo da FT para Itapetininga implicaria, conforme o prefeito, em mais um transtorno ao Executivo, que mantém o maior efetivo da cidade. A GCM conta com 150 homens, metade do número do batalhão de Itapetininga.
