O policial militar Heleno Molinari Lopes, 29, baleado na mão e no abdômen na madrugada do dia 31 de dezembro, não corre risco de perder a vida. A informação é do delegado titular do município, José Alexandre Garcia Andreucci, que esteve na Santa Casa na manhã de quinta-feira, 2.
Ele conversou com os médicos da UTI (unidade de terapia intensiva) para verificar o estado de saúde do policial e de um dos suspeitos de tentativa de roubo. O crime ocorreu à 0h04 do último dia de 2013, no pátio de um posto de combustíveis, no Jardim Tóquio.
Na UTI, o delegado recebeu a informação de que um dos dois envolvidos no crime segue internado em estado grave. Ueliton Leite Cardoso, 27, é apontado como o autor dos disparos contra o policial.
Lopes estava à paisana, dentro do carro dele, um Volkswagen Gol, quando sofreu os disparos. De acordo com o boletim de ocorrência, Cardoso teria chegado ao posto de combustíveis em uma moto. O veículo era conduzido por Evandro Augusto Bagdal, 27, que acabou detido horas depois do crime.
“Eles pararam como se fossem abastecer a moto no posto”, relatou Andreucci. Segundo o delegado, no momento em que havia descido da moto, Cardoso teria cruzado a bomba de combustíveis e se dirigido até o carro em que o PM estava.
As imagens do circuito externo de segurança do posto mostram que o suspeito bateu no vidro da porta do lado do motorista para chamar a atenção do policial à paisana, na tentativa de rendê-lo. Na sequência, Lopes tentou reagir e foi alvejado por Cardoso, mas conseguiu ferir o suspeito.
Cardoso recebeu disparo na região do peito e, mesmo ferido, conseguiu fugir. Em função da gravidade do ferimento, porém, ele teria sido abandonado pelo comparsa a quilômetros do local, no Jardim Gonzaga.
A equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) socorreu o suspeito e levou-o ao Pronto-Socorro Municipal “Erasmo Peixoto”. Conforme a coordenação do Samu, Cardoso deu entrada, praticamente, simultaneamente ao policial. Os dois passaram por cirurgia.
No dia 2, o suspeito estava em estado “muito grave”. “Quando eu conversava com o médico, ele precisou ser entubado”, disse Andreucci.
O delegado informou, também, que o segundo suspeito foi detido pela PM horas depois. Bagdal estaria pilotando a moto usada para cometer o crime, uma Honda GC 125cc Titan, azul, ano 2003 e com placa de Tatuí.
Segundo Andreucci, ele teria tentado mentir à polícia para não ser ligado ao crime. “Ao perceber que a encrenca tinha dado errado, ele acabou ligando para noticiar que a moto havia sido roubada”, disse o titular.
Os policiais suspeitaram da versão de Bagdal, o interrogaram e descobriram que ele havia participado da tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). Ele recebeu voz de prisão, decretada pelo delegado assistente, Emanuel dos Santos Françani, que estava no plantão.
