‘Paulo Setúbal’ terá mostra infantil no ‘Dia Internacional da Animação’





Divulgação / QUerubim.tv 

Trailer de Paleolito, que integra mostra de animação a ser exibida no museu no período da tarde

 

Tatuí é uma das 200 cidades que integram, nesta segunda-feira, 28, o “Dia Internacional da Animação”. O município participará com a mostra infantil a ser exibida no Museu Histórico “Paulo Setúbal”. As sessões de animações voltadas às crianças e jovens terão início às 14h, com entrada gratuita.

Adultos também poderão comparecer. O museu fica na praça Manoel Guedes, 98, no centro. Ele, costumeiramente, não funciona às segundas-feiras, mas abrirá as portas em “caráter excepcional” apenas para realizar o evento.

Esta é a primeira vez que o museu sedia o dia internacional. No ano passado, ele aconteceu na sede da Amart (Associação dos Artistas Plásticos de Tatuí e Região). Por conta do local, a coordenação do museu sugeriu que as animações a serem exibidas em Tatuí tivessem ligação com o público infantil.

Ao todo, cinco mostras compõem o evento. São elas: nacional, internacional, infantil, paulista e ambiental. Cada mostra conta com trabalhos específicos. A infantil, que terá exibição no município, inclui 14 animações – todas produzidas no país e com tempo de duração variável (de 30 segundos a 11 minutos).

O “Dia Internacional da Animação” é inspirado na data em que Émile Reynaud realizou a primeira projeção de seu teatro óptico, no Museu Grevin, localizado em Paris. O feito aconteceu no dia 28 de outubro do ano de 1892.

De acordo com a ABCA (Associação Brasileira de Cinema de Animação), responsável pela realização do evento no país – em 200 cidades –, a iniciativa de Émile representou a “primeira exibição pública de imagens animadas no mundo”.

Em comemoração à data, a Asifa (Associação Internacional do Filme de Animação) lançou o evento. Ele acontece com apoio de diferentes grupos internacionais filiados.

No país, tem apoio do Ministério da Cultura e da Petrobras, contando com “sessão simultânea e gratuita de curtas-metragens de desenho animado nacionais e internacionais”.

A mostra infantil traz as seguintes animações: “Os Invisíveis: Nos Relacionamentos”; “O Grande Assalto ao Abacaxi”; “Chá das Cinco”; “Paleolito”; “Miado”; “Lala – Teatro”; “Buraco na Terra”; “O Barquinho e a Baleia”; “Tinico O Porquinho”; “O Segredo de Nina”; “Os Invisíveis: Na Sala de Aula”; “Vida de Vaca”; “Os Invisíveis: Nas Artes”; e “Lala – Olho da TV”.

Com direção de Humberto Avelar, “Os Invisíveis: Nos Relacionamentos” trata do “maior pesadelo do jovem contemporâneo: que é ser invisível”. A animação aborda a “transparência” na família, entre os amigos, na escola, nos relacionamentos e também nas redes sociais.

Ela faz parte de uma “minissérie” de animação que “levanta a discussão sobre a visibilidade de forma divertida”. O trabalho cria, também, motivação para um debate sobre ser popular, admirado, visitado e seguido entre os jovens.

O curta em “stop motion” “O Grande Assalto ao Abacaxi” faz uma homenagem ao filme “Grande Assalto ao Trem”. Dirigido por Babi Fernandes e Renan Lima, ele conta com personagens “um tanto quanto frutíferos”.

A história de “Chá das Cinco”, dirigido por Jarbas Valim, é sobre o velho Malaquias. Ele é famoso por nunca perder a hora do chá. Seu novo mordomo Jarbas sabe disso e pontualmente traz a bebida para o velho senhor às 17h. Entretanto, as ervas presenteadas a Malaquias pelo Dr. Hyde em uma das ocasiões do chá, escondem um segredo que “Jarbas nem desconfia”.

Em “Paleolito”, o pano de fundo são as aventuras de um homem das cavernas e a busca diária dele por comida. No interior de uma caverna, o caçador assiste ao despertar do seu aliado Paleolito (personagem baseado no “toy art”) e, junto com ele, sai para caçar um animal imponente e impossível de ser capturado. Trata-se de uma grande e mal-humorada mamute. A animação tem direção assinada por Ismael Lito e Gabriel Calegario.

Dirigido por Maurício Squarisi, “Miado” conta a história de quatro musicistas e um maestro. Eles ensaiam “com toda dedicação para se apresentarem aos rigorosíssimos jurados”. “Embora as instrumentistas estejam afinadíssimas, surpresas podem acontecer”, promete a sinopse da animação.

Produzido sob a técnica do “stop motion”, “Lala – Teatro” tem como personagens Zima e Foguete. Eles ensaiam uma peça do diretor Toni para uma plateia que aguarda ansiosamente pelo desfecho desse “conto de fábulas”.

Em “Buraco na Terra”, o tema é a natureza. O curta mostra que, a cada dia, ela perde espaço para grandes construções. “Árvores e animais são mortos para dar vida às paisagens urbanas”, cita a sinopse. Com direção de Ramon Carvalho, a animação traz uma reflexão sobre a ação do homem na natureza.

“O Barquinho e a Baleia” apresenta enredo leve, mas nem por isso divertido. Ele apresenta o “trajeto de uma embarcação em uma colcha de retalhos”. O trabalho é produzido, também, com a técnica de “stop motion” e tem direção de Débora Arau e Dayane Gomes.

Em “Tinico O Porquinho”, dirigido por Gil Cartunista, o personagem central aprende que a fase do “tudo é meu” pode trazer sérias complicações. Após não conseguir empinar uma pipa sozinho, ele descobre que só partilhando o brinquedo com o amigo Beijamim (um beija-flor) será possível ser feliz e tornar felizes as pessoas que o amam.

A história de “O Segredo de Nina” é que ela pode se transformar em “qualquer animal”. Os pais dela, no entanto, guardam o segredo dela para que ele não caia na “mídia sensacionalista. O curta é dirigido por Lancast Mota.

“Os Invisíveis: Na Sala de Aula” dá continuidade à temática apresentada pela minissérie de animação dirigida por Humberto Avelar. O trabalho levanta uma discussão sobre a visibilidade “de forma divertida e cria motivação para debates sobre a popularidade, a admiração” pretendida pelos jovens.

A animação “Vida de Vaca” conta as aventuras de simpáticas vaquinhas que saem de seu lar para realizar seus sonhos. “Descubra se elas vencerão seus medos ou se ficarão bebendo chá mate em um mundo distante”, conclama a sinopse do trabalho visual que tem direção de Hygor Beltrão Amorim.

Continuidade da minissérie de animação de Avelar, “Os Invisíveis: Nas Artes” volta a abordar o maior pesadelo do jovem contemporâneo: ser invisível.

Outro trabalho sequencial é “Lala – Olho da TV”, no qual a personagem Lala procura uma resposta com os olhos bem abertos para a pergunta: “Será que eu vejo tudo que você vê?”. A animação tem direção de Jon e Thomate.

No Brasil, o Dia Internacional da Animação é realizado pela ABCA. Ele é apontado como “maior evento simultâneo do gênero no mundo” e tem como principal objetivo difundir o cinema de animação, atraindo novos públicos e proporcionando aos espectadores o acesso a essa arte cinematográfica.