Os procuradores municipais Paulo Roberto Gonçalves e Maria José de Almeida Mello confirmaram que deixarão a Procuradoria de Tatuí até o final do ano. Os representantes judiciais do município atuam no cargo há quase 39 e 35 anos, respectivamente.
Durante todo esse período, ressaltam a “extrema dedicação e dever cumprido ao relevante serviço público”. Eles explicaram que o motivo do pedido da aposentadoria reside na insegurança do projeto de emenda à Constituição número 287, a chamada “Reforma da Previdência”.
Ambos apontam que não se sabe se, realmente, a reforma “respeitará eventual ‘direito adquirido’ de ocupantes de cargos públicos que já preencheram os requisitos da aposentadoria pela atual legislação vigente”.
Os procuradores disseram sentir-se “honrados por terem feito parte do corpo jurídico deste município”. Acrescentaram, ainda, estar preocupados com os colegas que ficarão, “visto a quantidade desumana de serviços e as peculiaridades exigidas pela profissão”, lembrando que, “se logo no início de 2017 não for aberto concurso público para preencher as vagas jacentes de procurador, os que ficarão não conseguirão cumular a parte que lhes eram incumbidas (milhares de processos com prazos preclusivos, audiências etc.)”.
Declaram, ainda, que não decidiram o que pretendem fazer após a aposentadoria, “pois, quando se tem uma vida tão agitada em razão do múnus público que exercem, a inatividade não é uma opção que satisfaz”.
Os procuradores saem aplaudidos pelos colegas de gabinete, procuradores Eduardo Augusto Bachega Gonçalves e Margareth Prado Alves, para os quais Paulo Roberto Gonçalves e Maria José de Almeida Mello “foram exemplos de retidão no desempenho funcional e amigos”.
