Popularmente conhecido como Pacheco, o músico Francisco de Souza Bueno, é o homenageado da “Noite da Seresta com Ternura”, desta sexta-feira, 27. O evento é realizado pelo MHPS (Museu Histórico “Paulo Setúbal”) em parceira com o Grupo Seresteiros com Ternura, e tem início a partir das 19h.
A nova edição conta ainda com uma exposição de fotografias sobre a vida do homenageado. O público pode conferir o material até o dia 17 de outubro, com visitas sempre de terça-feira a domingo, no horário das 9h às 17h. A mostra integra o projeto “Ilustres Tatuianos”, uma ação colaborativa entre o museu e o grupo de músicos do município e que foca na tradição seresteira.
Pacheco nasceu em Porangaba no dia 11 de julho de 1936. Iniciou a vida musical aos 13 anos de idade, tocando cavaquinho na Rádio Difusora de Tatuí. Com 17 anos, ele passou a tocar no conjunto “Ritmos de Mário Edson”, de Tatuí.
No ano de 1955, mudou-se para São Paulo, e convidado pelo grande músico Esmeraldino Salles, ingressou na Rádio e TV Tupi. Lá, acompanhou cantores históricos, como: Cauby Peixoto, Hebe Camargo, Ângela Maria, Nélson Gonçalves, Luiz Gonzaga e outros.
Entre as décadas de 1950 e 1960, tocou com grandes chorões. Entre eles, os músicos: Isaías do Bandolim, Evandro (Bandolim), Waldyr Azevedo e Sivuca.
Trabalhou em diversas boates, bares e casas noturnas de São Paulo, como exemplo, a Boate Oasis, Jardim de Inverno Fasano, Avenida Danças e Brasilian’s Bar. Tocou ainda nos conjuntos do sambista Caco Velho e do acordeonista italiano Uccio Gaeta, e acompanhou Altemar Dutra, Jair Rodrigues, Agnaldo Timóteo e Sérgio Reis.
Nos anos 60, ingressou no Super Som T.A., com o qual permaneceu durante 15 anos. Nos conjuntos em que tocou, participou de diversos programas de TV, entre eles “Almoço com as Estrelas”, da TV Tupi, “Astros do Disco”, da TV Record, “Programa Jô Soares” e “Programa Silvio Santos”, do SBT.
Atuou em várias capitais e no interior do Brasil. Também tocou no exterior, em países, como: Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Estados Unidos e Peru. Lecionou violão, guitarra, contrabaixo e cavaquinho no Conservatório Musical Villa-Lobos até o ano de 2001, quando se aposentou.
Atualmente dedica-se à ao choro, considerado o mais brasileiro dos gêneros musicais.
