órteses e próteses





A Associação Paulista de Medicina apoia integralmente as investigações sobre as irregularidades na comercialização de órteses e próteses. É nossa expectativa que sejam identificados todos os setores envolvidos nessas práticas ilícitas apontadas em diversas reportagens e que sejam aplicadas as punições pertinentes.

Consideramos inadmissível o envolvimento de alguns colegas com tais atos e queremos tranquilizar a sociedade, esclarecendo que os médicos do Estado de São Paulo têm pautado sua atividade no estrito respeito aos princípios éticos que caracterizam o exercício de nossa profissão, respeitando integralmente o código de ética, que proíbe qualquer interação com setores da indústria de medicamentos e de insumos para a saúde, como, aliás, preconiza o próprio CEM.

Nos últimos anos a classe médica, por meio de suas entidades representativas, tem demonstrado preocupação com as irregularidades existentes no setor de prescrição e vendas de órteses e próteses, que envolve toda a cadeia de comercialização, incluindo, infelizmente alguns médicos.

Os conselhos de medicina, órgãos normatizadores e fiscalizadores da atividade médica, têm emitido resoluções disciplinando a prescrição destes produtos, bem como aplicado as punições cabíveis, inclusive cassação do exercício profissional aos médicos denunciados por esta prática ilícita.

A Associação Paulista de Medicina sempre incentivou a boa prática da medicina, oferecendo inúmeros cursos de atualização profissional visando à boa qualidade na assistência à saúde da população.  Além disso, organizou e participou de diversos fóruns de discussão sobre este assunto, desenvolveu negociações junto às secretarias de saúde, Tribunal de Justiça do Estado, operadoras planos de saúde, com o intuito de encontrar solução que garantisse, ao mesmo tempo, que o paciente tivesse suas necessidades plenamente atendidas e as práticas ilícitas ou antiéticas fossem abolidas.

Desta forma reiteramos nossa expectativa de que os fatos relatados nas reportagens sejam devidamente apurados e que todos envolvidos sejam punidos.

* Presidente da Associação Paulista de Medicina

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