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Oficina voltada a crianças de 4 a 10 anos de idade incentivou criatividade e priorizou materiais ‘fáceis’
No sábado, 14, e domingo, 15, a praça Manoel Guedes, 98, recebeu crianças de quatro a dez para atividade cultural. Nas duas datas, mas em horários distintos, meninos e meninas que passaram pelo local participaram da oficina de adereços, promovida pelo Departamento Municipal de Cultura e Desenvolvimento Turístico, em parceria com o Museu Histórico “Paulo Setúbal”.
“A proposta era fazermos uma atividade com cunho mais cultural”, explicou o diretor do departamento, Jorge Rizek. Conforme ele, entre os objetivos da iniciativa, está a proposta de propagar o gosto pelo Carnaval nos pequenos.
“Nesse caso, queremos formar novos carnavalescos. Estamos trabalhando para permitir que as crianças gostem mais da festa. Acho superimportante, porque se trata da nossa cultura e que tem que ser passada de geração para geração”, disse ele.
Realizada com apoio cultural do Colégio Objetivo e da Prefeitura, a oficina surgiu de conversas entre Rizek, a coordenadora do museu, Raquel Fayad, e a professora Luciana Campos Vieira, a Tuca. “Ela conversou comigo e eu sugeri que as atividades fossem feitas aqui (na praça)”, descreveu o diretor.
Também conhecida como tia Lu, Tuca propôs a oficina como forma de “expandir um trabalho de conscientização”. Por meio da confecção de adereços de Carnaval, a professora trabalhou com noções de reaproveitamento de materiais, com o folclore brasileiro e desenvolvimento motor.
Lu possui ateliê próprio e ministra oficina de adereços, no Colégio Objetivo, para crianças do ensino infantil. No fim de semana, ela levou um pouco da experiência lúdica, de forma gratuita, para crianças do município.
Durante a oficina, os pequenos confeccionaram máscaras de Carnaval com figuras de bichos. Também aprenderam a fabricar “bombas de confetes” a partir de materiais recicláveis. “Usamos tudo que seja fácil de achar em casa”, comentou.
Segundo a professora, a ideia da oficina é trabalhar com a criatividade, aplicando materiais de fácil acesso e de modo a instigar as crianças sobre a cultura carnavalesca. “Também queremos incentivar o hábito do não consumismo de brinquedos, deixando os pequenos livres para criarem os próprios”.
Para a oficina, as crianças receberam papelão, retalho de tecidos, bexigas e copos descartáveis de papel. Todos os materiais foram cedidos para as crianças e são considerados de fácil manuseio. Além da criatividade, elas trabalharam a coordenação motora, o que pode permitir afinação da escrita.
Talita Camargo Albiero Facella não participou ativamente da oficina, mas “beneficiou-se” do resultado dela. No sábado, 14, ela viu o filho Teodoro Facella, de três anos, socializar-se e divertir-se com outras crianças.
“Eu achava que não haveria nada neste ano. Quando fiquei sabendo que teria uma programação para crianças, achei interessante, por conta da atividade lúdica e por trazer o universo do Carnaval para as crianças”, concluiu.
