Museu “Paulo Setúbal” envolve mais de 32 mil pessoas nas atividades de 2017

Museu é considerado a principal casa do acervo histórico municipal (crédito: Francis Jonas Limberger)

As atividades e a movimentação de visitantes do Museu Histórico “Paulo Setúbal” envolveram mais de 32 mil pessoas ao longo de 2017. Os números fazem parte de balanço divulgado no dia 22 de dezembro pelo diretor municipal da Cultura, Rogério Vianna, responsável pelo espaço.

Do total de 32 mil pessoas, metade é público efetivo, com nome, idade, cidade e profissão registrados no livro de visitas. A outra metade é referente às atividades promovidas pelo museu, sobre a qual é feita uma estimativa. Entre as atividades, estão exposições temporárias, palestras e apresentações musicais.

As exposições realizadas são “Mais Flor, por Favor”, dos assistidos da Apae, com curadoria de Carmelina Monteiro (março); “Minhas Paredes Felizes”, do artista plástico El Camargo (abril e maio); “Comunicação: Ontem, Hoje, Amanhã” (maio a junho); “Figurino, indumentária, costume e vestimenta”, com curadoria de Carlos Alberto Agostinho (junho e julho); “80 Anos Salvaguardando A Memória de Paulo Setúbal” (agosto e setembro);

“Revelando Belezas Invisíveis”, de Ludwig Werner Binemann (setembro a outubro); “Varal da Nossa História”, de Rafaele Breves (novembro); e “Universo Invisivelmente Visível”, com artistas independentes (novembro até janeiro de 2018).

Também houve lançamentos, como o do curta-metragem “Confie em Mim”, do tatuiano Guilherme Cerqueira, em dezembro, e dos livros “Golpe Baixo”, de Ivan Camargo (agosto), e “Jornalismo em Tempos de Ditadura: A Relação da Imprensa com os Ditadores”, de Bruno Moraes Pereira (novembro).

“Estamos trabalhando com diversas linguagens expositivas. Então, temos a linguagem das artes plásticas, transformando esse espaço num salão de artes. Mas, também, tem a parte pedagógica, como da Carmelina Monteiro com a Apae. Um trabalho pedagógico transformado em exposição”, afirma Vianna.

 

HISTÓRIA

Parte das exposições temporárias realizadas tem relação com a principal razão de ser do museu: a história. Destaque para o trabalho sobre comunicação e a homenagem ao patrono da casa. “São exposições que focam na história de personalidades, mas também no passado da própria cidade”, comenta o diretor.

FIGURINO

Também relacionada à história local, entre junho e julho, a instituição realizou exposição sobre o figurino e artes cênicas. Segundo Vianna, trata-se de um tema atual, visto o trabalho teatral em curso na cidade, mas também relacionado ao passado industrial de Tatuí.

“Somos uma cidade que cresceu com o progresso têxtil, com uma fábrica de tecidos. E nós viemos valorizar na parte artística essa questão do figurino, que precisa do material têxtil, mas também precisa da criatividade de alguém como Agostinho”, destaca.

No caso da exposição sobre figurino, surgiu a oportunidade de uma movimentação cênica, não só no museu, mas no entorno. “Foi usado um projeto extramuros, no arredor do museu e mesmo na cidade, e isso atraiu os olhares de muitas pessoas. Foram quase 1.500 visitantes”.

Gabinete de Leitura “Nilzo Vanni”, um dos atrativos fixos do museu (crédito: Francis Jonas Limberger)

ACERVO FIXO

Vianna entende o Museu “Paulo Setúbal” como “a casa do acervo histórico municipal”. A expografia fixa da instituição foi aprovada em 2010. Segundo o diretor, os destaques ficam por conta da história de Paulo Setúbal, a Sala de Curiosidade “Maurício Loureiro Gama” e o Gabinete de Leitura “Nilzo Vanni”.

“A propósito, foi Nilzo Vanni quem começou a juntar materiais, tendo o primeiro sentimento de que era necessário haver um lugar para se guardar a história local”, observa o diretor.

De acordo com ele, existem outras personalidades históricas da cidade que ainda não estão expostas no museu. “É para essas personalidades históricas, bem como para as personalidades da atualidade, que destinamos as exposições temporárias, que permitem abrir as portas para os demais tatuianos”.

O objetivo da mescla entre o histórico e o contemporâneo é tornar o museu mais atrativo, como explica o diretor: “As pessoas precisam indagar o que vai ter de diferente no museu a cada dois meses. Esse novo olhar que é importante. A gente não consegue entregar todas as histórias de uma vez, mas o museu é um livro que vai sendo folheado página por página”.

Atualmente, está em cartaz no museu a exposição “Universo Invisivelmente Visível”. Devido aos feriados de Natal e Ano-Novo, o espaço fica fechado nos dias nos dias 23, 24, 25, 30 e 31 de dezembro e 1º de janeiro.

Rogério Vianna compara museu a um livro, “folhado página por página” (crédito: Francis Jonas Limberger)