Mudança de comandos adia ideia de junção do 192 e 193





Mudanças de comandos da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo e da coordenação da central de regulação de Itapetininga adiaram projeto de unificação do 192 e 193. A secretária municipal da Saúde, Cecília Oliveira França, confirmou a suspensão nesta semana.

O projeto prevê uma espécie de “junção” dos dois serviços de urgência e emergência. Tem como foco unificar os atendimentos telefônicos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do CB (Corpo de Bombeiros) para evitar a chamada duplicidade, quando mais de uma ambulância é deslocada para atender a um mesmo pedido feito em ligações distintas.

Atualmente, o telefone 192 do Samu não é interligado ao 193 dos bombeiros. Em casos de urgência, o cidadão pode acionar tanto um serviço como o outro, na tentativa de que o atendimento seja feito o mais rápido possível.

Os chamados direcionados ao Samu são regulados (são atendidos) pela Central de Regional, em Itapetininga. As ligações feitas em Tatuí para o 192 são atendidas por telefonistas que atuam na cidade vizinha e atendem outros municípios com bases descentralizadas. Um médico faz a triagem e determina, dependendo do caso, envio de unidade básica ou unidade avançada.

No caso dos bombeiros, o atendimento é realizado por equipe que atua no quartel local. Como não há um cruzamento de informações, por conta de que os sistemas são distintos, pode ocorrer de a corporação ser chamada para atender uma mesma pessoa. O mais comum é duplicidade em casos de acidente de trânsito.

Em entrevista, Cecília afirmou que a proposta partiu dos representantes da central de Itapetininga. No entanto, destacou que “não há nada oficializado” sobre o tema. “Estão mudando os comandos. Então, acredito que, assim que tudo se normalize, essa proposta possa ser colocada em prática”, disse.

A secretária também citou que a proposta havia sido discutida, pela primeira, vez entre as coordenações do Samu de Itapetininga e de Tatuí. Na cidade, a coordenação está a cargo da enfermeira Roberta Lodi Molonha Machado.

Porém, ela não soube informar se a sugestão valeria para as cidades que são reguladas pela central. A rede é composta por oito municípios: Itapetininga, Tatuí, Quadra, Campina do Monte Alegre, Alambari, Sarapuí, Angatuba e Guareí.

“Acreditamos que sim, que isso valeria para as outras cidades reguladas. Claro que isso se a proposta for uma norma da central. Além disso, isso vai agilizar muito o atendimento e evitar o empenho de mais de uma viatura”, comentou.

Em princípio, Cecília afirmou que Tatuí deve colaborar com o que for necessário para a implantação do projeto de unificação. Conforme ela, o avanço da ideia vai depender do que for determinado pela central de regulação.

A secretária afirmou, ainda, que será necessário realizar um estudo de viabilidade. Cecília ponderou que o levantamento deve levar em conta se haverá mudança da estrutura e quem deverá investir na modernização do espaço.

Para a unificação, inicialmente, seria necessário contratar mais telefonistas. Também haveria necessidade de transferir o sistema de atendimento dos bombeiros, o que poderia implicar em problemas por parte da corporação para a elaboração do RAC (Relatório de Análise Crítica), que versa sobre o número de atendimentos.

“Oficialmente, ainda não temos nada de concreto, mas esperamos ter”, ressaltou.