Morre, aos 61 anos, o diretor de teatro Moisés Miastkwosky





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Moisés Miastkwosky, que foi diretor de teatro do Conservatório de Tatuí durante 15 anos

 

Na terça-feira, 6, o teatro tatuiano e brasileiro perderam um de seus grandes representantes: o diretor Moisés Miastkwosky morreu em São Paulo, aos 61 anos, devido a insuficiência respiratória. O enterro foi realizado na quarta-feira, 7, no Cemitério Israelita do Butantã, na capital paulista.

Moisés nasceu em Laranjal Paulista, formou-se em artes cênicas, na Bélgica, onde fez estágio no Théâtre Toyal de la Monnaie e no Mudra Internacional. Além disso, estudou no Houston Academy of Dramatic Arts, no Texas, nos Estados Unidos.

Ele criou o Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo, em Tatuí, no ano de 1982, e o Concurso Nacional de Dramaturgia Paulo Setúbal, pela Secretaria de Estado da Cultura. Também atuou como diretor de teatro do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, de Tatuí, durante 15 anos.

Recentemente, recebeu prêmios de melhor espetáculo e melhor diretor com as montagens “Casamento do Pequeno Burguês” (2012), “As Troianas” (2006) e “Senhora dos Afogados” (2006).

Foi encenador de cerca de 85 espetáculos teatrais, entre eles: “O Diário de Anne Frank”, “Édipo Rei”, “Prometeu Acorrentado”, “Sonho de uma Noite de Verão”, “Beijo no Asfalto”, “Morte e Vida Severina”, “O Santo Inquérito” e “O Canto do Cisne”.

Foi jurado de mais de 50 festivais de teatro pelo país, entre os quais, o Festival de Teatro do Sesc, Festival Nacional de Teatro de São José do Rio Preto, Festival de Teatro da Paraíba, Festival de Teatro da Fepama e Festival de Teatro de Presidente Prudente.

O diretor era membro da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat), desde 1973, do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos (Sated), desde 1978, do Instituto de Artes Cênicas do Estado de São Paulo (Icacesp), da Task-Brasil, com sede em Londres, Inglaterra, e da Moisés Miastkwosky Produções Artísticas.

Também foi membro da banca examinadora do Sindicato dos Artistas e criou diversos festivais e mostras de teatro pelo Estado de São Paulo. Ministrou oficinas e cursos em vários Estados, como Paraná, Paraíba, Acre, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, entre outros.

Moisés criou dezenas de grupos teatrais, em Tatuí, Dracena, Adamantina, Andradina, Sorocaba, Araçatuba, Santos, Americana, além de tantas outras cidades. Foi supervisor-geral do espetáculo “Viva a Vida Viva”, na ECO 92, no Rio de Janeiro, com a presença do Dalai Lama, príncipe Charles e outras autoridades mundiais.

Foi diretor de teatro da multinacional Rhodia, dos grupos de teatro do clube “A Hebraica”, por dez anos, e do teatro no Clube Paineiras, por 14 anos.

Além disso, coordenou a oficina-projeto “Prometeu Acorrentado”, na Oficina Maz-zaropi, em São Paulo, com 70 integrantes, e “Morte e Vida Severina”, em 2010.