Latrocínio no Astória tem o 2º participante preso pela polícia

A Polícia Civil prendeu, no final da tarde de terça-feira, 4, um jovem suspeito de ter participado de assalto que culminou na morte de um frentista. O roubo ocorreu na madrugada de 8 de janeiro, em um posto de combustíveis localizado na avenida Hélio Reali, no Residencial Astória.

Guilherme Celestrino Rosa teve a prisão solicitada pela Polícia Civil após ser levado à delegacia e confessar o crime. O suspeito foi identificado pela equipe de investigações por meio de quebra do sigilo telefônico de Ugo Roberto Santos de Souza, 21, primeiro suspeito a ser preso.

Rosa estava na residência dele, no bairro Fundação Manoel Guedes, quando foi conduzido à Delegacia de Polícia. A prisão do acusado aconteceu seis meses após o crime. Aos policiais, Rosa contou que fora convencido pelo comparsa a participar do roubo. Os dois se conhecem há aproximadamente sete anos.

Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil durante o andamento do inquérito confirmaram que Rosa e Souza mantinham amizade. Os dois teriam sido vistos juntos nos dias anteriores ao assalto do posto de combustíveis.

Mesmo com a negativa de Souza em entregar o comparsa, a Polícia Civil conseguiu um mandado judicial de quebra de sigilo telefônico. Os dois teriam mantido conversas pelos celulares no dia do assalto.

A investigação afastou a hipótese de um terceiro participante no crime, que resultou no roubo de R$ 160 e causou a morte do frentista Flávio de Moura Rodrigues, atingido por quatro tiros.

Depoimento

Em depoimento a policiais civis, Rosa contou que recebera o chamado para acompanhar Souza no assalto dias antes ao crime. Ele disse ter ficado “temeroso” com a participação. Entretanto, o comparsa teria garantido que “a ação seria rápida” e que “não iria gastar nenhuma bala”.

Durante a oitiva, o suspeito afirmou nunca “ter segurado uma arma na vida”, mas contou ter registro policial por envolvimento com entorpecentes.

Rosa confirmou à equipe da Delegacia de Polícia que os disparos foram efetuados pelo colega, após o frentista ter gritado pelo nome de um policial militar que mora nas imediações do posto de combustível. Do local, segundo ele, foram levados R$ 160.

Desde a noite do latrocínio, Rosa disse não ter mais encontrado o comparsa. Eles se separaram no Jardim Tókio durante a fuga, quando Souza seguiu no sentido centro e ele próprio, ao Jardim Wanderley. A arma do crime foi abandonada em um canavial durante a fuga e não foi encontrada.