Justiça restaurativa é tematica de encontro ‘interinstitucional’





Comarca de Tatuí

Juiz Marcelo Nalesso Salmaso discutiu ações sociais que estão previstas em metodologia junto a membros

 

A resolução de conflitos envolvendo adolescentes e que privilegia o diálogo e compreensão mútua tornou-se temática de reunião no dia 15 deste mês. O encontro para disseminação da chamada “Justiça Restaurativa” aconteceu em uma das sedes do Cras (Centro de Referência e Assistência Social), conforme informou a assessoria do TJ (Tribunal de Justiça) do Estado de São Paulo.

Na ocasião, integrantes do grupo gestor interinstitucional discutiram iniciativas que podem influenciar “positivamente os jovens da região”. Eles também debateram a respeito das situações que levam os adolescentes para o crime.

A metodologia para implementação e difusão da prática no Estado, elaborada pela especialista Mônica Mumme em parceria com juízes da Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJ, prevê ações em três eixos: relacional, institucional e social. O encontro em Tatuí teve esse último como foco.

A reunião contou com a participação do juiz Marcelo Nalesso Salmaso, coordenador do Núcleo da Justiça Restaurativa e titular da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal, e da Infância e da Juventude de Tatuí. Também compareceram ao evento, representantes de secretarias municipais, da Guarda Civil Municipal, Polícia Militar, Conselho Tutelar e Fundo Social de Solidariedade.

O grupo responsável pelos trabalhos congrega, também, membros do PSF (Programa Saúde da Família), Sesi (Serviço Social da Indústria), escolas e entidades públicas e privadas.

“A partir dessa e de outras reuniões que virão, depois de compreendidos e delineados os potenciais e as deficiências da localidade, o grupo gestor interinstitucional, em parceria com a comunidade, implementará ações concretas no sentido de garantir aos jovens da região a base para a construção de novos caminhos de vida”, afirmou para a assessoria do TJ, o magistrado.

Salmaso também falou sobre a importância da Justiça Restaurativa. O juiz destacou que o trabalho não se resume a procedimentos especiais voltados a resolver conflitos.

Conforme ele, o objetivo principal é a mudança dos paradigmas de convívio entre as pessoas, de modo a construir “uma sociedade em que cada qual se sinta e seja igualmente responsável pelas mudanças e pela paz”.