Jovens que frequentam praças do centro são de classe baixa e média





Pesquisa realizada pelo Departamento Municipal de Bem-Estar Social e Cidadania revelou o perfil dos jovens que frequentam as praças centrais da cidade. O setor divulgou os resultados preliminares no fim do mês. Eles foram tabulados com base em entrevistas com um total de cem pessoas.

Conforme a apuração, o público é composto por jovens das classes sociais baixa e média, de ambos os sexos. O levantamento mostra que eles vão até as praças do centro para encontrar amigos e em busca de possíveis relacionamentos.

O movimento de menores e jovens nas praças da Matriz, Martinho Guedes (“Santa”), Manoel Guedes (“Museu”) e Paulo Setúbal (“Barão”) é mais constante às sextas-feiras e aos sábados. As idades dos frequentadores variam conforme a noite.

De acordo com a pesquisa, a maioria das pessoas que vai até os locais às sextas-feiras tem menos de 18 anos. Aos sábados, o número maior é de adultos.

“Os entrevistados, de maneira geral, disseram que gostariam de ser ouvidos e compreendidos pela sociedade”, disse o diretor do departamento, Alessandro Bosso.

Segundo ele, o setor prosseguirá com o trabalho de abordagem nos próximos finais de semana. A meta é coletar “o maior número possível de informações com a finalidade de tornar o ambiente (as praças) mais atrativo aos jovens”.

Outro objetivo é reforçar o combate ao uso de álcool e drogas, por conta de operações como as realizadas nos dias 14 e 15 de maio. A medida é uma ação integrada que tem como finalidade orientar adolescentes e jovens que vão aos espaços.

No mês passado, a Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar, com acompanhamento do Conselho Tutelar, promoveram operações na região central. As corporações registraram abordagens a menores e jovens, pelas quais orientaram sobre riscos e perigos do consumo de drogas e álcool.

Durante as ações, o departamento realizou um mapeamento do perfil dos frequentadores. A pesquisa de campo buscava coletar informações como idade, sexo e bairro. Incluiu, também, perguntas sobre hábitos.

“Por que os jovens se deslocam até as praças centrais? O que falta no bairro ou na região onde moram? Quais as atividades que eles gostariam de ter nas praças? Foram questões apresentadas durante o nosso trabalho”, disse Bosso.

As forças de segurança e o Executivo iniciaram atividades específicas no centro após um caso de espancamento que envolveu cerca de cem pessoas. A briga começou na Praça da Santa, passando pela Matriz e terminando na Praça do Museu.

O episódio de agressão generalizada ocorreu no dia 2 de abril. Na semana seguinte, dias 8 e 9 do mesmo mês, houve operação entre GCM, PM e CT. Ela resultou na abordagem de 175 pessoas e na apreensão de um frasco de lança-perfume.

O entorpecente estava em poder de um adolescente de 15 anos. O garoto foi flagrado no dia 8, na praça Martinho Guedes. Ele teria jogado o frasco embaixo de um veículo. Após prestar esclarecimentos no plantão policial, ele foi liberado.

No final de semana seguinte, na chamada “Operação Saturação”, guardas civis municipais apreenderam 19 bicicletas. Também detiveram um homem suspeito de tráfico de entorpecentes. Os veículos foram confiscados em cumprimento à lei municipal, de 1976, que proíbe circulação no interior das praças.