Jovem tropeirinho morre após pilar de cimento cair sobre ele





O jovem Rafael Nicásio de Souza, de 14 anos, estava sentado em uma rede com a mãe, na casa de uma avó, terça-feira, 26, quando um pilar de cimento caiu sobre a cabeça e tórax dele, causando-lhe o falecimento.

O desmoronamento da coluna, onde a rede estava amarrada, aconteceu por volta das 17h30, e os familiares recorreram aos primeiros socorros do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

“Fomos solicitados para essa ocorrência, mas Rafael precisou ser levado à Santa Casa de Misericórdia e, lá, recebeu exames emergenciais”, contou a coordenadora do Samu, Roberta Lodi Molonha Machado.

O jovem foi encaminhado ao Pronto-Socorro Municipal, onde permaneceu internado e submetido a exames emergenciais. Por volta das 20h, os pais e familiares tiveram a notícia de que o jovem não sobrevivera aos ferimentos.

O garoto participava do grupo “Tropeirinhos do Rancho”, do bairro Congonhal, área rural de Tatuí, o qual tem como objetivo cultivar o folclore e as tradições caipiras ligadas ao tropeirismo paulista. O grupo suspendeu as atividades durante esta semana por conta da morte de Rafael.

A coordenadora do “Tropeirinhos do Rancho”, Cleonice de Andrade Oliveira, conta que o grupo completou quatro anos e que o Rafael foi um dos primeiros a participar.

“Meu filho José Rafael era amigo do Nicásio há um bom tempo. Desde os oito anos de idade, Rafael frequentava minha casa e participava da tradicional ‘recomenda das almas’, que nada mais é do que uma procissão religiosa tradicional entre os tropeiros”, comentou Cleonice.

O projeto contava com Rafael e mais nove garotos com idades entre 7 e 14 anos. O menino era locutor do grupo e participava de cavalgadas com o pessoal do Rancho da Viola.

“Sinto um vazio dentro de mim, pois Rafael era muito querido por nossa família. Um garoto alegre, inteligente, responsável, gostava de ser feirante, gostava de animais… Era um verdadeiro caipira”, enalteceu a coordenadora.