Jorge Sidnei deixa a suplência da Câmara e cita ‘conquistas’





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Médico pediatra destaca que continuará ajudando cidade e prefeito

 

A Câmara Municipal teve composição alterada na quarta-feira, 26. Jorge Sidnei Rodrigues da Costa, do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) deixou oficialmente a vereança.

O médico pediatra ocupava vaga de Ronaldo José da Mota, do PPS (Partido Popular Socialista), e despediu-se dos pares ao final de sessão ordinária de terça, 25.

Primeiro suplente da coligação formada pelo PMDB, PPS e PRB (Partido Republicano Brasileiro), Jorge Sidnei permaneceu no Legislativo por quase dois anos. Ele assumiu a cadeira deixada por Ronaldo do Sindicato no dia 18 de janeiro de 2013.

O vereador afastou-se da função para ocupar o cargo de secretário municipal da Indústria, Desenvolvimento Econômico e Social. Com isso, Jorge Sidnei ocupou uma das cadeiras da Casa de Leis pela segunda vez. Ele já havia exercido a vereança na 12a legislatura (entre 1997 e 2000).

Em entrevista, o médico disse que voltou a integrar a Câmara por conta de “participação” do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu. “Quando ele chamou o Ronaldo para a secretaria, eu assumi como primeiro suplente”, argumentou.

Também afirmou que solicitou o afastamento por razões de “foro íntimo” e que, em quase dois anos de mandato, fez “muita coisa do que almejava”. “Queria fazer muito mais, mas eu não tive oportunidade”, alegou.

Conforme o ex-vereador, os pares não conseguem avançar em suas propostas por causa de limitações de suas atribuições. Jorge Sidnei defendeu os vereadores, afirmando que todos apresentam ideias, projetos e indicações.

Entretanto, declarou que as ideias lançadas precisam ser executadas. “E quem executa é o prefeito. Muitas vezes, por falta de verbas, falta de oportunidade, as coisas que são colocadas não podem ser executadas”, justificou.

Mesmo com essa questão, Jorge Sidnei disse que obteve várias vitórias. A principal delas – apontada como proposta de campanha dele nas eleições de 2012 – diz respeito à redução das horas de trabalho dos funcionários da Secretaria da Saúde.

Em janeiro deste ano, a jornada de oito horas diárias caiu para seis, tendo sido estendida a todos os funcionários que atuam na pasta municipal.

Também estão elencadas como conquistas do ex-vereador as pinturas de faixas de solo que fazem menção a teclas de piano (nas ruas São Bento – na frente do Conservatório de Tatuí – e 11 de Agosto).

A proposta inclui modificação dos bancos da Praça da Matriz (com instalação de notas musicais feitas de ferro nos encostos dos assentos), ainda não executada pela Prefeitura.

“Demos títulos de cidadão, fizemos vários requerimentos e indicações. Enfim, muitas coisas. Mas, o meu maior desafio era conseguir uma ligação para o Residencial Astória”, emendou Jorge Sidnei. Conforme ele, o Executivo deve concluir a abertura “em breve e inaugurá-la nos próximos dias”.

O ponto é uma estrada que ligará o bairro até a alça de acesso da Guardian do Brasil, na rodovia Gladys Bernardes Minhoto (SP-129). “Por enquanto, será com pedrisco, mas, futuramente, a estrada será asfaltada”, garantiu.

Líder do prefeito na Câmara em 2013, Jorge Sidnei enfatizou que defendeu os projetos da Prefeitura enquanto ocupava a função e que participou de todas as “conquistas entregues à população”. Entre elas, a conclusão do novo prédio do Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médicas).

“Sinto que meu dever foi cumprido. Gostaria de fazer mais, mas, infelizmente, o tempo e as dificuldades que a atual gestão encontrou na Prefeitura impediram”, declarou.

Também conforme o ex-vereador, o Executivo começará a realizar projetos “mais vultosos” a partir de 2015, terceiro ano de gestão do prefeito.

Jorge Sidnei apontou que o mais recente deles diz respeito às construções de 652 casas populares, na região do Tanquinho.

Em balanço sobre a passagem pela Casa de Leis, o médico disse que registrou inúmeras conquistas. Também enfatizou que enfrentou dificuldades quando permaneceu como líder do prefeito por conta da oposição.

“Nós sabemos que trabalhar na situação é muito mais difícil que na oposição, porque atirar pedra é fácil. O telhado dos outros é fácil de atingir”, disse.

Na opinião do ex-vereador, o governo municipal “tem sido incompreendido pela população”. Ele apontou como exemplo o aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), citado como “necessário para o equilíbrio do Orçamento, uma vez que a cidade não tem grande recolhimento de verbas (com retorno de ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) por parte das indústrias, como cidades circunvizinhas”.

“A nossa cidade é pobre e depende muito do IPTU, que estava com o valor venal defasado”, declarou. O ex-vereador defendeu o aumento como reajuste e disse que a administração municipal reduziu os valores de alíquotas sobre as quais são calculados os impostos de terrenos e imóveis com construção.

Ele afirmou que a briga na Justiça – entre a Prefeitura e o diretório estadual do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) – por conta da questão do reajuste “contribuiu para que a população não compreendesse o sentido do aumento”.

“Nós sabemos que esse dinheiro está sendo usado”, comentou, citando que o valor obtido com o tributo é aplicado na manutenção do Ambulatório de Curativos, do Centro Municipal de Fisioterapia, Cemem e creches municipais.

Apesar de deixar a Câmara, Jorge Sidnei afirmou que continuará colaborando com o município e, principalmente, com a administração municipal. A convite do prefeito, ele já atua como pediatra na UBS (unidade básica de Saúde) “Dr. Medardo Costa Neves”, no Jardim Rosa Garcia.

“Estamos em estudo. Quero participar ainda mais. Provavelmente, estarei à frente de algum serviço da saúde e me coloquei à disposição de Manu”, declarou.

“Só que não estarei recebendo mais salário de vereador. Sou tatuiano e amo minha cidade. Faço tudo em benefício dela, e estarei junto com o Manu até o fim”, encerrou.