Iniciada a 2ª etapa de vacina contra HPV em todo Estado





A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo iniciou ontem, terça-feira, 8, a aplicação da segunda dose da vacina contra o papilomavírus humano (HPV), vírus que pode causar câncer de colo do útero. As doses estão disponíveis nos postos de saúde de todo o Estado.

Em Tatuí, o número de unidades que disponibilizam a imunização, os endereços para levar as crianças e o horário de atendimento podem ser consultados junto à Secretaria Municipal da Saúde. O telefone para contato é o 3305-8855.

Conforme o governo, 558 mil meninas, com idades entre 9 e 11 anos, já receberam a primeira dose da vacina no primeiro semestre deste ano. Elas devem procurar o posto de vacinação mais próximo para a aplicação da segunda dose.

O Estado informou que a cobertura da vacinação contra o HPV na primeira fase atingiu 58% do público-alvo. A meta continua sendo imunizar 726,1 mil crianças entre 9 e 11 anos, que respondem por 80% das meninas nesta faixa etária no Estado.

Para isso, a primeira dose da vacina continua disponível em postos de saúde em todo o Estado, com horário de funcionamento das 8h às 17h, e as crianças que ainda não tomaram a primeira dose podem ser vacinadas.

“O papilomavírus humano é um vírus capaz de causar lesões de pele e mucosas e, quando não tratado corretamente pode evoluir para casos de câncer de útero”, divulgou em nota, a médica Helena Sato, diretora de imunização da secretaria.

Conforme ela, a eficácia da vacina a ser aplicada é superior a 95%. “Ao alcançar uma elevada cobertura vacinal entre a população-alvo, observaremos, consequentemente, uma maior proteção contra a incidência do câncer de colo de útero”, complementou Helena, por meio da assessoria da secretaria.

A vacina contra a HPV disponibilizada na campanha é fruto de uma parceria para o desenvolvimento produtivo entre o Instituto Butantan e o laboratório farmacêutico MSD. A instituição iniciou em 2014 a primeira etapa de um processo de transferência de tecnologia que permitirá, nos próximos anos, a autossuficiência brasileira na produção da vacina, com economia aos cofres públicos.

O papilomavírus humano é contagioso e pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão pode ocorrer via relação sexual, mas também há contagio entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto.

Inicialmente assintomática, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente, essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o de colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.