Infraestrutura em bairros é temática de discussões na Câmara Municipal

Lajotas no Jardim Wanderley voltam a ser debatidas por edil da base aliada

Em sessão ordinária sem apreciação de projetos, os vereadores aprovaram requerimentos endereçados à prefeita Maria José Vieira de Camargo. A maior parte das solicitações de informações referia-se às infraestruturas de bairros e pedia serviços de zeladoria urbana e de recapeamento de vias públicas.

A instalação de lajotas de cimento no Jardim Wanderley voltou a ser alvo de reclamações por parte de vereadores, inclusive, de Valdeci Antonio de Proença (Podemos), integrante da bancada governista na Câmara.

O parlamentar solicitou à Prefeitura cópias do contrato firmado com a prestadora de serviço e informações sobre a garantia e a durabilidade da obra.

Proença criticou a forma como o trabalho fora realizado pela construtora responsável pela pavimentação. A empresa teria “abandonado” o canteiro de obras, sendo substituída pela segunda colocada na licitação.

“A chuva do último dia 6 fez com que lajotas do bairro ficassem soltas. É um trabalho que está recebendo mais de R$ 1 milhão em investimentos e, na primeira chuva, já causou problemas na instalação dos revestimentos”, reclamou.

Eduardo Dade Sallum (PT) pediu que o poder público dê atenção à infraestrutura do bairro San Raphael. Moradores da localidade, segundo o vereador, estão reclamando da situação da pavimentação das ruas, mato em calçadas e em terrenos públicos.

O parlamentar solicitou à prefeita que estude a instalação de um ecoponto no bairro, para que os moradores evitem jogar entulho e móveis velhos em terrenos baldios, causando a proliferação de animais peçonhentos.

“É uma ideia bacana que a Prefeitura implantou em um bairro da cidade, e os moradores estão pedindo. Também solicitei que a GCM (Guarda Civil Municipal) faça rondas, para que melhore a segurança no San Raphael, e que a prefeita faça a canalização do ribeirão que passa próximo ao local”, declarou.

O vereador “verde”, João Éder Alves Miguel, solicitou que a Prefeitura faça a urbanização e use uma lagoa localizada no bairro Jardim Bela Vista como local de lazer e ponto turístico, a exemplo do que ocorre em um lago na cidade de Araçoiaba da Serra.

“Em Araçoiaba, a lagoa virou ponto turístico e local de lazer para a população. Poderia muito bem ser implantada aqui na cidade essa ideia”, comentou.

O vereador do PV pediu à prefeita que manifeste interesse em chamamento público para trazer ao município um polo da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo). O socialista Rodolfo Hessel Fanganiello também propôs uma parceria para trazer a iniciativa à cidade.

“O vice-governador Márcio França é o responsável pela pasta que cuida da Univesp. Eu tenho abertura com ele, e podemos ir a São Paulo juntos para tentar cortar caminho para trazer o polo para Tatuí”, comentou.

Fanganiello também elogiou a iniciativa de Rodnei Rocha (PTB) em formular requerimentos e buscar ajuda da prefeita para conseguir recursos para a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais).

“É uma luta de todos nós. Estamos no poder, e é essencial ajudar. Conversei com a prefeita e ela comprometeu-se a, ainda neste semestre, zerar a fila de espera da Apae”, respondeu.

A reunião da prefeita Maria José com o delegado-geral da Polícia Civil em São Paulo repercutiu positivamente. O líder do governo, Antonio Marcos de Abreu (PR), ressaltou que a chefe do Executivo conseguiu um compromisso de Youssef Abou Charin em aumentar o efetivo policial na cidade.

Projetos de lei

A prefeita enviou, na terça-feira, 10, à Câmara Municipal, dois projetos de lei que alteram o quadro de funcionários do Executivo. Um deles, o 060/2017, cria cinco vagas de cuidador social e cinco de auxiliar de cuidador social. As remunerações variam entre R$ 1.005,97 e R$ 1.151,12, para jornadas de 12h por 36h.

A justificativa da prefeita é que as vagas comporão a equipe de referência da Casa de Acolhimento, adequando-a à legislação vigente e a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Ministério Público.

O outro projeto, o 061/2017, extingue dois cargos de assessor técnico. Segundo a Prefeitura, a medida faz parte da reestruturação administrativa adotada pelo governo Maria José e deve gerar mais economia aos cofres públicos.