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Familiares de fotógrafo homenageado e autoridades descerram uma das duas placas de inauguração
Programação extensa marcou a inauguração no sábado, 16, do CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados). A Prefeitura entregou oficialmente o espaço à população em evento que prestou homenagem a dois profissionais.
Comportando dois edifícios multiuso, o CEU é considerado “o maior complexo esportivo” mantido pela Prefeitura. Além de atividades esportivas e culturais, ele oferecerá atendimento social, por meio da implantação da quarta unidade do Cras (Centro de Referência de Assistência Social).
O evento teve início às 10h30, com discursos de autoridades e descerramento de placas inaugurais – do cine e teatro e da quadra poliesportiva. No período da tarde, houve apresentações de diversos grupos.
O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, compareceu à solenidade acompanhado da primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Ana Paula Cury Fiuza Coelho. Também acompanharam o evento: o deputado estadual Edson Giriboni e o vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura, Vicente Aparecido Menezes.
A solenidade reuniu, ainda, os secretários municipais Ângela Sartori (Educação, Cultura e Turismo) e Miguel Lopes Cardoso Junior (Esporte, Lazer e Juventude), o diretor do Departamento Municipal de Cultura e Desenvolvimento Turístico, Jorge Rizek, e o padre Edvilson de Godoy, da Paróquia Sagrada Família. Este último convocou oração para abençoar o espaço.
A Prefeitura iniciou as obras de construção do CEU em março do ano passado. O complexo exigiu investimento de R$ 2 milhões, oriundos de convênio firmado entre a Prefeitura e o governo federal, por meio do Ministério da Cultura.
O espaço possui mais de 3.000 metros quadrados, ocupados por dois edifícios multiuso. Eles abrigam biblioteca, telecentro, auditório com 60 lugares, quadra poliesportiva coberta, pistas de skate e caminhada, playground e equipamentos de ginástica. Ao todo, deve atender 5.000 pessoas de 14 bairros.
Durante a solenidade, a Prefeitura apresentou as instalações aos familiares do fotógrafo Victor Hugo da Costa Pires e de José Vieira da Silva. Eles dão, respectivamente, nomes ao complexo de cine e teatro e à quadra poliesportiva.
O secretário municipal do Esporte explicou que o espaço é gerido “de forma compartilhada”. Júnior fez discurso após execução do Hino Nacional, a cargo da banda da Associação Cultural Pró-Arte, sob regência do maestro Marcelo Afonso. “A equipe está desenvolvendo um excelente trabalho”, iniciou.
No centro, o secretário destacou que professores e voluntários já desenvolvem aulas de futsal, xadrez, dama, zumba, capoeira, caminhada, de danças (hip hop e break). A equipe também disponibiliza, gratuitamente, oficinas culturais e viabiliza apresentações musicais, como “roda de choro”.
“Para que se entenda bem, hoje, estamos fazendo a inauguração oficial. Porém, esse trabalho vem de longa data”, citou o secretário. Júnior afirmou que o Executivo agregou a comunidade do entorno para a gestão do espaço no ano passado.
Para promover a abertura, equipes das secretarias da Educação e Esporte receberam ajuda do Ministério da Cultura. “Esse apoio se estende até hoje”, mencionou.
Conforme o secretário, para ser implantado, o CEU exigiu mobilização de diversos servidores. Entre eles, do corpo de engenheiros da Prefeitura. Júnior também agradeceu aos parceiros e voluntários que somam, aproximadamente, dez pessoas. Eles auxiliam no desenvolvimento de atividades.
Em discurso, Lopes parabenizou o prefeito pelo empenho em continuar a obra. O secretário disse que, no processo de implantação, descobriu que outras cidades não conseguiram inaugurar os espaços por conta de inúmeros fatores.
Na sequência, familiares dos homenageados receberam flores da primeira-dama. Patrono do complexo de cine e teatro, Pires atuou como professor de fotografia na Faculdade de Ensino Tatuiense, Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), de Sorocaba, e EMP (Escola Paulista de Medicina).
Também promoveu oficinas e exposições em São Paulo, Santos e Tatuí. O fotógrafo trabalhou como editor no suplemento da “Folha da Tarde” e ganhou prêmios em concursos promovidos pela Prefeitura de São Paulo e pela Kodak França e Fuji, do Japão.
Ele faleceu no dia 8 de janeiro de 2011, deixando mulher, filhos e netos. A viúva Maria Elisa Rocha, o filho Fabiano da Costa Pires, o irmão do fotógrafo, Fausto da Costa Pires, além de netos compareceram à solenidade. Fabiano agradeceu a lembrança e disse que a família “só tinha a agradecer”.
Parentes do esportista que dá nome à quadra poliesportiva também compareceram. Entre eles, a viúva, Florisa Vieira da Silva, o filho Cristiano Vieira da Silva e a nora do homenageado, Maria Aparecida da Silva Freitas.
Silva nasceu no dia 6 de agosto de 1940, em Cesário Lange. Aos 27 anos, mudou-se para Tatuí. Apaixonado por futebol, tornou-se torcedor da Associação Atlética XI de Agosto. O esportista faleceu no dia 10 de abril de 2010.
Manutenção
Representando a Câmara Municipal, o vereador José Eduardo Morais Perbelini destacou que o CEU foi viabilizado por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. Perbelini classificou o espaço como uma conquista e mencionou que ele teve inauguração antes dos cortes de investimentos, de 60%, anunciados pela União.
Ainda em pronunciamento, o vereador citou que o centro precisa de recursos municipais para funcionar. “Não é só construir. Tem que manter água, luz, professor, guarda, tinta. O PAC só constrói; a Prefeitura é que mantém”, declarou.
Perbelini também mencionou que vereadores “sofrem perseguição por reajuste” (em referência ao aumento do IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano, em setembro de 2013). “Mas, são esses reajustes da contribuição dos munícipes que mantêm os órgãos caminhando”, argumentou.
O parlamentar afirmou, ainda, que o CEU representa um “investimento na população”. Conforme ele, pessoas que participam de eventos de cultura e esportes não “têm tempo de se preocupar com as drogas”. “Então, devemos investir, ainda que não se tornem craques, maestro, professor de música ou padre”.
Antes de passar a palavra para o deputado estadual, Perbelini fez um pedido ao prefeito. Ele solicitou a cessão de um espaço, ao lado do centro, para a construção da sede da Associação Cultural Pró-Arte, que atende 250 crianças.
No discurso, Giriboni mencionou que tem “presenciado de perto a crise econômica no Estado de São Paulo e no Brasil”. Informou que São Paulo está com “dificuldades sérias” na execução orçamentária e que “prefeitos com determinação e competência estão conseguindo enfrentar as turbulências”.
“Quando o Manu me convidou, eu cancelei outros eventos para estar nesse momento importante e que demonstra a competência e a seriedade dele”, iniciou o deputado.
Giriboni destacou o envolvimento dos colaboradores e sustentou que a obtenção de recurso via convênios é uma tarefa árdua. “Para fazer as coisas acontecerem, é preciso vencer uma corrida de barreiras. Para poder chegar a uma obra como essa, estão de parabéns. Tatuí e toda sua equipe”, disse o parlamentar.
Durante o cerimonial, a assessoria de comunicação da Prefeitura leu e-mail enviado pelo Ministério da Cultura e assinado pelo ministro Juca Ferreira e pela presidente da República, Dilma Rousseff. Em seguida, o prefeito discursou.
“Estamos num dia de festa. É um complexo cultural e de esportes referência para toda nossa região. Não há nenhum outro funcionando”, iniciou.
O prefeito destacou o empenho da equipe para a construção do centro. Afirmou, ainda, que se sentiu presenteado, uma vez que residiu na região por 25 anos.
Manu citou que retomou o convênio com o governo federal para a edificação do espaço. Também agradeceu aos empresários do ramo ceramista pelo apoio. “Foi quase um ano de movimentação de terras. Não faço nem ideia de quantos caminhões precisaram ser usados aqui”, comentou.
Segundo o prefeito, o Executivo teve de lidar com chuvas e ajustes no projeto. “Somente depois de um ano nós pudemos começar a construção”, ressaltou.
Falando sobre as etapas, Manu disse que as cumpriu com responsabilidade. O prefeito citou a retomada – e conclusão – de outras obras, como a Delegacia de Polícia Civil e o Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médicas).
“Podem falar que não fez mais que a obrigação, mas acho que muito mais sadio é um governante terminar obras que não foram concluídas”, argumentou.
Manu também enfatizou a participação da equipe de governo na conclusão da obra e convidou o pároco da Sagrada Família para proceder com as bênçãos.
