Homem morre com facada ao abrir a porta de casa no ‘TG’

Um homem de 43 anos morreu na madrugada de Ano-Novo vítima de homicídio. O crime ocorreu às 5h do dia 1º, na rua Oracílio Soares da Silva, no Jardim Thomaz Guedes. A vítima – que já tinha passagens pela polícia, com registro de prisões, sendo três por estupro – estava em liberdade havia 15 dias.

De acordo com informações obtidas por investigadores, José Roberto Martimiano teria levado um golpe desferido por um homem. A identidade do suspeito ainda não havia sido confirmada pela Polícia Civil até a tarde de sexta-feira, 5.

O registro do boletim de ocorrência ficou a cargo da Polícia Civil. Investigadores tomaram conhecimento do primeiro homicídio de 2018 depois de receberem ligação de policiais militares. Eles apuraram que a vítima estava dentro de casa quando fora golpeada. O homem vivia com a avó, de 77 anos.

Segundo a PC, policiais militares se deslocaram até a residência ao receberam o chamado. Eles haviam sido informados da ocorrência de homicídio. Na sequência, isolaram a área e acionaram os investigadores.

Por determinação da delegada plantonista, Rafaela Valerio de Melo, dois investigadores foram deslocados para o caso. No local, eles obtiveram informações de que Martimiano estava na companhia da avó, no momento em que havia sido chamado para atender à porta. A idosa possui deficiência visual.

De acordo com o boletim, um homem teria batido na porta. Assim que a vítima abriu o acesso, foi “violentamente atingida por golpes”. A suspeita é de que o crime tenha sido cometido com o uso de uma faca, uma vez que uma lâmina estava caída ao lado do corpo, na cozinha da casa.

A vítima foi encontrada sem vida, metros adiante da porta da entrada, com um ferimento no peito. A avó prestou declarações na Delegacia Central. Ela contou que ouvira uma voz masculina pedindo ao neto para abrir a porta. Disse, também, que não visualizara o agressor nem reconhecera a voz dele.

Os investigadores ouviram, ainda, a mãe de Martimiano. Em depoimento, a mulher, de 60 anos, relatou que o filho havia sido preso, “no mínimo, seis vezes”. Entre as razões das detenções, duas por crime de roubo e três por estupro.

Segundo a mãe, Martimiano estava em liberdade havia 15 dias. Ela informou aos investigadores que o filho “fazia uso constante de drogas e bebidas e que estava agredindo constantemente a avó”, com quem residia. A mulher acrescentou que a situação vivida pela idosa era de conhecimento público.

Uma perita e um fotógrafo da Polícia Técnica de Itapetininga estiveram no local para realização de exame. Eles coletaram a lâmina da faca e, em seguida, liberaram o corpo. O resultado do laudo deverá ficar pronto em 30 dias.