GCM prende acusados de estupro e corrupção de menor no Congonhal

A Guarda Civil Municipal prendeu quatro homens e apreendeu um adolescente, na tarde de segunda-feira, 9, no bairro Congonhal, acusados de estupro e corrupção de menor. Eles estariam em uma chácara do bairro, participando de uma festa com quatro meninas.

De acordo com o diretor municipal da Segurança Pública, Francisco Carlos Severino, os agentes encontraram os suspeitos após uma denúncia sobre o desaparecimento de uma adolescente, que teria ocorrido na sexta-feira, 6.

Segundo o denunciante, a suspeita era de que a garota estaria participando de uma festa em uma chácara situada na Travessa 4, e uma viatura foi enviada até o local para averiguar as informações.

No local, os GCMs encontraram a menina que estava sendo procurada e outras três menores de idade, na companhia de quatro homens e um adolescente.

Ainda segundo Severino, os agentes também encontraram diversas latas de cerveja, preservativos espalhados pelo chão, um maço de panfletos contendo propaganda de cunho sexual e um talão de comandas.

“Os itens encontrados podem indicar que ali estava funcionando uma casa de prostituição. Além disso, caracterizou o uso de bebidas alcoólicas por menores de idade, entre outras situações criminais”, relatou o diretor.

Todos foram levados à Delegacia Central, onde foi elaborado boletim de ocorrência pelos crimes de estupro e corrupção de menores. Quatro homens e um adolescente (que não tiveram a identidade divulgada pela GCM) permaneceram à disposição da Justiça.

Segundo Severino, foram requisitados exames periciais que devem confirmar – ou não – se as meninas mantiveram relações sexuais com os acusados e se fizeram uso de bebidas alcoólicas.

O diretor ainda informou que pode haver relação dos envolvidos com o caso registrado na Delegacia Central na sexta-feira da semana retrasada, 30 de agosto. Na ocasião, uma adolescente de 13 anos procurou a PC, ao lado da mãe, relatando que fora vítima de sequestro e estupro, no Jardim Santa Rita de Cássia.

A vítima teria saído de casa para ir ao Cras (Centro de Referência de Assistência Social) Sul, por volta das 14h, e ficou desaparecida por mais de 20 horas, até que voltou para casa da mãe, relatando o crime.

Segundo a menina, uma senhora ao volante e cinco adolescentes ocupando um carro (marca Volkswagen, modelo Gol), obrigaram-na a entrar no veículo e levaram-na a um terreno “com muito mato”.

As cinco adolescentes teriam tirado ela do carro e agredido-a com chutes, socos e puxões de cabelo. Após as agressões, teria surgido um rapaz “branco, com alargador na orelha direita” e a vítima, sido segurada pelas outras adolescentes, pelos braços e pernas, para que o desconhecido abusasse sexualmente dela.

Segundo o boletim, a menina não conseguia gritar e, em determinado momento, “fingiu-se de morta” e foi deixada sozinha no mato. Ela afirmou não ter tido forças para se levantar, decidindo dormir no lugar. “Pela manhã, sentindo-se segura”, a menina se levantou e foi embora para casa.

A adolescente teria caminhado por três quilômetros até chegar à residência. Após saber do ocorrido, a mãe procurou, mas não encontrou marcas no corpo da menina. Porém, a jovem teria continuado a reclamar de dores.

A garota foi levada ao Pronto-Socorro “Erasmo Peixoto” e, posteriormente, o Conselho Tutelar foi acionado. No plantão policial, houve a solicitação de exame de corpo de delito para constatação de lesão corporal e conjunção carnal e o encaminhamento à Delegacia de Defesa da Mulher de Tatuí.

“Não posso dizer com certeza, mas pode haver relação entre os casos. Nós realizamos a prisão dos acusados; agora cabe à Polícia Civil investigar os crime e apontar se houve ligação entre eles, ou não”, concluiu.