Formado grupo que mudará a administração do Nilzo Vanni”

A Prefeitura instituiu, em julho, a comissão para constituição da Associação do Mercado Municipal “Nilzo Vanni”. O grupo de trabalho é formado por oito pessoas, como titulares, mais quatro suplentes. Ele é formado por representantes dos permissionários, da Prefeitura e da Câmara Municipal.

Os nomes dos indicados constam no decreto 18.013, assinado pela prefeita Maria José Vieira de Camargo e publicado no dia 24 de julho. Representam os comerciantes do Mercadão: Antonio Carlos Cleto, João Roberto Galvão Loureiro, Daniel Augusto de Albuquerque, Fernando Chong na posição de titulares. E Antonio Marcos de Camargo e Edevaldo Donizete de Jesus, como suplentes.

Participaram da comissão, ainda, o secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Célio José Valdrighi, a secretária municipal de Planejamento e Gestão Pública, Juliana Rossetto Leomil Mantovani, e o secretário municipal de Negócios Jurídicos, Renato Pereira de Camargo, da Prefeitura.

O Executivo é representado também por Luiz de Benedito e Roque Bráulio Correa Antunes, na suplência. Já a Câmara tem como membro Carlos Orlando Mendes Filho.

Os indicados trabalharão na formatação de um novo modelo de administração do Mercadão. Em março deste ano, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente antecipou a O Progresso que a Prefeitura analisava três possibilidades. Entre elas, a de que a administração passasse para os comerciantes.

No entendimento do secretário, conforme declaração feita no fim de abril, o ideal para os empresários é que eles mesmos gerissem o Mercado Municipal.

A Prefeitura começou a estudar o repasse da administração do prédio histórico, sob a alegação de que o modelo atual não estava funcionando a contento. O motivo principal é um déficit anual de, aproximadamente, R$ 400 mil.

O Executivo também sustenta que uma mudança pode trazer melhorias para o espaço. Entre elas, mais autonomia para os comerciantes e a possibilidade de revitalização por um processo mais célere do que se dá atualmente.

Devido aos problemas com o caixa (que está “mais magro” por conta da queda da arrecadação municipal) e de acúmulo de déficit de perto de R$ 33 mil por mês, mais os problemas estruturais do prédio, a Prefeitura entende ser mais prudente repassar a administração dele. Para isso, formulou três soluções.

A última delas seria o Executivo manter o modelo atual de administração. No modelo atual, as únicas fontes de renda que a Prefeitura tem para manter o mercado funcionando são a taxa de licença e o ISS (Imposto Sobre Serviço). Ocorre que alguns dos comerciantes, por questões alheias à administração municipal, não conseguem arcar com os tributos ou atrasam os pagamentos.

Como emprega boa parte do orçamento para o funcionamento do prédio, o Executivo fica quase sem recursos para arcar com as despesas de reparo. Realiza, conforme Valdrighi, obras consideradas essenciais, como o reparo de parte do telhado, na área central do Mercadão. O teto estava sendo escorado por um caibro, mas a Prefeitura já conclui processo de licitação para a obra.