Filantropia é essencial, afirma coordenadora de associação





Todos os dias, a equipe de 39 funcionários da Apae (Associação de Pais e Amigos do Excepcional) de Tatuí recebe uma ajuda essencial. Pelo menos duas pessoas se juntam ao time de profissionais para contribuir gratuitamente com a entidade, como conta a coordenadora pedagógica Fabiana Bandeira.

Ao todo, a Apae possui 29 professores, três funcionários de áreas diversificadas, uma equipe com quatro terapeutas, mais uma enfermeira, a coordenadora e uma diretora.

Eles somam força a dois voluntários que colaboram com várias ações e em salas diferentes (nas quais são atendidas pessoas com deficiência múltipla, autistas e com outras deficiências intelectuais).

Os dados constam em material enviado à redação de O Progresso neste mês. Atendendo pedido do bissemanário, que publicou reportagem em fevereiro sobre o papel desempenhado por voluntários nas instituições locais, Fabiana falou a repeito da ajuda que a instituição recebe de praticantes da filantropia.

Para a coordenadora, os voluntários são muito importantes, uma vez que ajudam a Apae a divulgar o trabalho desenvolvido junto à comunidade local e regional. Ainda conforme ela, a experiência é gratificante para quem contribui. “Muitos chegam bastante empolgados para ajudar”, descreveu.

Quem deseja colaborar precisa, primeiro, conhecer a instituição. Fabiana explicou que o segundo passo é o agendamento de uma conversa.

Durante o bate-papo, a equipe da instituição verifica se o candidato tem disponibilidade para realizar ações e habilidades. Depois, é necessário preencher cadastro. A etapa seguinte é a assinatura de um termo de voluntariado.

Os que apoiam a instituição chegaram até ela por meio da divulgação dos trabalhos, feita a partir do “boca a boca”. Segundo a coordenadora, pais, professores e comunidade em geral contribuem para convocar adeptos da filantropia.

A importância dos colaboradores é tão grande que a coordenadora afirmou ser “muito difícil” imaginar como seria a Apae sem os voluntários.

Em algumas situações, colaboradores que desempenham funções essenciais acabam se tornando apoiadores permanentes da entidade. “Temos casos de professores que eram voluntários e, hoje, ocupam cargo de regentes”, revelou.

As equipes atuam em quatro projetos mantidos pela instituição: “Cozinha Experimental”, “Horta Viva”, “Capacitar para Incluir” e “Asas da Cultura”.

O primeiro tem como objetivo assegurar a prevenção e atendimento especializado ao adolescente com deficiência intelectual ou múltipla e transtorno global do desenvolvimento, por meio da interação social.

Na horta, os participantes recebem informações sobre a importância do meio ambiente e alimentação equilibrada. Também aprendem noções de agricultura, ecologia e biologia, e realizam atividades práticas em ambiente adaptados.

A terceira iniciativa visa promover a autonomia e inserção social, por meio de atividades e estratégias diferenciadas à pessoa com deficiência. Nesse projeto, os assistidos desenvolvem ações respeitando potencialidades e limitações.

Por fim, o Asas da Cultura consiste em ações de cultura, recreação e desenvolvimento artístico. A intenção é promover o fortalecimento da autonomia, integração social e vínculos familiares e comunitários junto aos atendidos.