‘Fator externo’ seria causa de chamas de loja de autopeças





O proprietário da loja de autopeças atingida por incêndio no dia 26 de outubro disse, nesta segunda-feira, 10, à reportagem de O Progresso, que já sabe a causa do fogo que atingiu o estabelecimento no final do mês passado.

De acordo com o empresário Nelson Leite da Mota, as chamas ocorreram por “fator externo”. A afirmação significa que a origem do incêndio não foi por problemas elétricos da estrutura do imóvel.

Mas, segundo ele, não é possível adiantar a responsabilidade da causa das chamas porque Mota estaria conversando com advogado para saber quais providências tomar. “Não quero adiantar nada para não ajudar o outro lado”, disse.

O incêndio na Autopeças Mota, localizada na avenida Salles Gomes, estava sob análise de duas perícias. Uma promovida pela Polícia Científica de Itapetininga e outra, particular.

Como informou O Progresso à época do incêndio, Mota contratou um engenheiro elétrico para averiguar as condições do cabeamento de energia do imóvel, para se certificar de que a causa das chamas não teria sido, por exemplo, um curto-circuito na fiação interna.

Constatada a suspeita de que a origem das chamas fosse externa, ele disse que poderia interpelar judicialmente o responsável, caso houvesse. Mota também havia garantido, na ocasião, de que a suspeita de incêndio criminoso teria sido descartada pela polícia.

O profissional contratado pelo empresário para periciar o local fez a primeira visita ao prédio de autopeças no dia 29 de outubro, três dias após o incêndio.

As chamas destruíram 230 metros quadrados de área correspondente ao tamanho do estabelecimento comercial. No local, funcionava não apenas a loja de autopeças, como também um setor de funilaria.

O segmento de reparo automotivo, no entanto, não foi atingido pelas chamas e continua em funcionamento.

O documento no qual Mota baseia-se para afirmar que a origem do incêndio foi “externa” é justamente a conclusão da perícia particular. Isso porque o laudo final da Polícia Científica de Itapetininga, que também investiga o caso, deve ficar pronto apenas no início de dezembro.

No entanto, os investigadores do departamento policial da cidade vizinha têm a prerrogativa de pedir o adiamento da entrega do documento por mais 30 dias, caso não consigam concluir o laudo no prazo mínimo estabelecido, que é de um mês.

Mota e o advogado dele devem aguardar o laudo técnico da Polícia Científica de Itapetininga para “tomar as providências cabíveis”, segundo o empresário. Ele está fazendo um levantamento para constatar o valor total do prejuízo que o incidente causou.

A conclusão de que o incêndio teria ocorrido por fator externo ainda não faz parte da investigação em curso na delegacia da Polícia Civil de Tatuí, que também analisa o caso.

Atualmente, a investigação do incidente está sob responsabilidade do SIG (Serviço de Investigações Gerais) da PC local. Os investigadores do departamento aguardam o envio do laudo da de Itapetininga. Eles devem anexar o resultado junto aos autos do caso para dar continuidade às investigações.

Conforme apurou a reportagem, o SIG ainda não havia sido informado – até o fechamento desta edição (terça, 17h) – por Mota a respeito da suposta descoberta da origem do incêndio.