A Saúde é considerada uma prioridade para a prefeita e o principal projeto de governo dela. “Quero que a Saúde caminhe melhor, que as pessoas tenham dignidade quando forem aos postos e atendimento mais humanizado no pronto-socorro. Estou caminhando e batalhando neste sentido”, ressaltou.
No entanto, Maria José argumentou que tem enfrentado obstáculos, para realizar ações, por conta das dívidas e da crise econômica do país. Por outro lado, afirmou que está empenhada em resolver todas as questões, como a conclusão da UPA (unidade de pronto atendimento).
O prédio teve o projeto aprovado na gestão do ex-prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, mas começou a ser construído na administração do ex-prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu. Ocorre que a equipe da gestão atual afirma que o imóvel teve a metragem reduzida pela administração anterior.
“Nossa equipe está trabalhando no sentido de uma nova aprovação (junto ao Ministério da Saúde), porque o projeto foi mexido e nós teremos de investir mais de R$ 1 milhão para que, realmente, possamos concluí-lo”, argumentou.
O município tenta uma linha de crédito junto ao MS. A intenção é levantar o recurso para que o prédio seja terminado. A Prefeitura também precisará, novamente, submeter o projeto à pasta federal, para que consiga, depois de a UPA inaugurada e com as atividades iniciadas, receber recursos para operação.
Estas são, conforme Maria José, as únicas situações a serem resolvidas com relação à UPA. A prefeita afirmou que o Executivo não tem compromissos com o Instituto Hygia, uma organização social de São Paulo, anunciada em julho do ano passado como sendo responsável pela conclusão da obra e gestão da unidade.
“Não contratamos os serviços deles (do instituto). Eles não chegaram a nos procurar, e eu não sei qual foi o ato que se deu, então, não existe nada”, reiterou.
O mesmo posicionamento está sendo adotado pela prefeita quanto ao centro de hemodiálise. O governo anterior anunciou a unidade como sendo uma conquista tatuiana, por tratar-se de uma iniciativa privada que contaria com apoio da Prefeitura.
Entretanto, a obra não está concluída e os pacientes de Tatuí que precisam de tratamento ainda viajam para cidades vizinhas.
No momento, os pacientes da cidade são transportados para Itu, Rubião e Itapetininga. Conforme Maria José, a situação deve continuar do modo em que está.
“Como todos sabem, a obra é particular. Depois de pronta, aprovada e autorizada pelos órgãos competentes, a Prefeitura pode, sim, contratar os serviços dela. Agora, o andamento é por conta de quem a está construindo”, enfatizou.
Já a normalização da entrega de medicamentos via Farmácia Municipal tem recebido atenção especial. A prefeita confirmou que o Executivo tem registrado problemas na cessão dos remédios para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), mas creditou a situação aos governos estadual e federal.
“A falta de envio de remédios que são fornecidos pelos governos não é problema só nosso. É de toda a região, e isto afeta muito Tatuí. Quando os governos atrasam a entrega dos medicamentos, nós atrasamos também”, argumentou.
Em Tatuí, Maria José afirmou que a situação tem sido mais intensa por conta do caixa da Prefeitura. Como tem que negociar com os fornecedores, o Executivo perde poder de compra. Boa parte deles, segundo a prefeita, nega-se a fornecer os remédios caso não receba débitos anteriores.
“Além de termos de comprar a demanda de hoje, temos que pagar o antigo. E isto não é só nos medicamentos, mas também nos exames que estão reprimidos desde 2016. Então, na Saúde, realmente, nós temos vários problemas”, declarou.
Por meio de negociações, o Executivo tem conseguido reduzir o número de pessoas na fila de espera por exames e cirurgias eletivas. “Em alguns exames, já conseguimos atender de 30% a 50% dos pedidos apresentados”, contou.
A meta do governo municipal é normalizar o fornecimento de medicamentos até o final do ano. Maria José afirmou que equipe está vislumbrando para dezembro a melhora na arrecadação e recuperação das finanças. “Daí, vamos ter condições de ir melhorando toda essa situação”, conjecturou.
Já os exames e as cirurgias eletivas dependem de outros aspectos. Para as análises, a Prefeitura precisa renegociar débitos com clínicas do município.
Quanto à normalização das operações eletivas (aquelas que podem ser agendadas por não oferecerem risco de morte aos pacientes, como pedras nos rins e vesícula), a questão passa pela situação da Santa Casa. O hospital é responsável por realizar as cirurgias, conforme contratualização.