Emprego fecha 3º mês com saldo positivo

Setembro obteve o segundo melhor resultado do ano com crescimento de 239 vagas

No mês de setembro, o emprego formal registrou o segundo melhor resultado do ano com crescimento de 239 vínculos do mercado de trabalho formal em Tatuí. O resultado ficou atrás somente do saldo de fevereiro, na ocasião, o acréscimo foi de 300 novas vagas. Os dados foram divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Segundo o relatório do órgão do Ministério do Trabalho, o resultado de setembro se deve a 807 de admissões, contra 568 desligamentos. Com isso, o acumulado do ano, de janeiro a setembro, também aumentou e chegou a 398 novos vínculos.

Este é o terceiro mês consecutivo em que o número de novos contratos de trabalho supera as demissões. Em julho o saldo foi de 31 novos vínculos e em agosto foram mais 12 novas contratações.

Com o resultado de setembro, o município conseguiu atingir saldo positivo no acumulado dos últimos 12 meses, o saldo fechou com acréscimo de nove postos de trabalho, criados entre os meses de setembro de 2017 até 2018.

Conforme o mediador de negociações coletivas da Agência Regional do Ministério do Trabalho, Antonio Carlos de Moraes, o saldo superou as estimativas em todos os setores. “Para nós o crescimento no número de empregos foi considerado uma agradável surpresa. A esperança era de que chegasse a 50 novos postos no máximo, ficamos muito felizes ao ver que passou de 200 vagas”, comentou.

Ainda conforme dados do Caged, no mês de setembro, houve crescimento em seis dos oito setores econômicos, sendo que o principal destaque foi na área indústria de transformação, responsável por 96 novos postos, resultado de 227 contratações e 131 demissões.

O segundo melhor desempenho do mês ficou com setor de serviços, que obteve 205 admissões e 137 demissões. O saldo positivo de 68 novas vagas foi puxado pelo desempenho do subsetor de transportes e comunicações, responsável por 51,4% das contratações.

Para Moraes, a resultado da área de serviços também foi representativa já o setor era o que mais vinha sofrendo com a crise econômica. A área havia registrado saldo negativo com redução de 90 postos de trabalho entre janeiro e agosto. Apesar do crescimento, no acumulado do ano, o desempenho continua negativo com a redução de 22 postos de trabalho.

Também tiveram saldo positivo o setor de construção civil (mais 37), o comércio (mais 26), agropecuária (mais 11) e extrativa mineral (mais um). Na indústria de transformação e na administração pública os números não tiveram alteração com relação ao mês de agosto.

Conforme o mediador, o crescimento de todos os setores foi alavancado com o saldo positivo da indústria de transformação. “Muitas vezes são empresas que voltaram às atividades e estão contratando. Nestes casos entram os prestadores de serviços, empresas de limpeza, de vigilância, entre outros. Isso reflete em todos os setores, até no comércio que acaba sendo aquecido com a melhora dos outras áreas”, avaliou Moraes.

O desempenho de Tatuí foi o melhor entre as cidades da microrregião, que inclui as cidades de Boituva, Cerquilho, Cesário Lange, Laranjal Paulista, Pereiras, Porangaba, Quadra e Torre de Pedra, também foi positivo. Entre as nove cidades, 319 novas vagas com carteira assinada foram criadas. O resultado vem de 2.188 pessoas admitidas e 1.869 despedidas.

O município de Laranjal Paulista foi o segundo que mais contratou, com 104 novos registros. Em seguida, vêm Cesário Lange com saldo positivo de oito vagas e Porangaba com acréscimo de três novas vagas e Torre de Pedra o acréscimo de uma nova vaga.

Todas as outras cidades da microrregião registram saldo negativo. Pereiras obteve o pior desempenho com o fechamento de 21 postos de trabalho, em seguida vem Boituva com menos dez vínculos, Cerquilho com o saldo negativo de quatro postos e Quadra com o fechamento de uma vaga.

Ainda segundo o Ministério do Trabalho, para os próximos meses a expectativa é de que, o saldo de empregos volte a registrar crescimento em Tatuí e na região. “Não sei se vai atingir um nível como este do mês de setembro, mas a tendência é haver aumento. Eu acredito que no mínimo de 100 a 120 pessoas possam ser contratadas e virar o ano aí com saldo positivo”, afirmou o mediador.

Moraes ressaltou que o maior aumento deve vir do setor de comércio com a aproximação das datas festivas. “Acredito que não seja um número alto também, mas sempre há a possibilidade de um crescimento nas contratações nos meses de novembro e dezembro”.

Ainda segundo o cadastro, o Estado de São Paulo encerrou o mês de setembro com saldo positivo de 22.448 empregos formais. O número representa uma alta de 0,19%, em relação a agosto. Foram 357.621 admissões e 335.173 desligamentos no período.

O setor que mais contribuiu para este resultado foi o de Serviços, com a criação de 14.868 novos postos de trabalho. Em seguida aparecem os segmentos da Indústria de Transformação, com 5.240 vagas, e do Comércio, com 4.254 novos empregos.

O emprego formal no país também apresentou crescimento durante o mês de setembro, de acordo com o Caged. O saldo positivo de 137.336 novas vagas representou um acréscimo de 0,36%, em relação a agosto.

Foram 1.234.591 admissões e 1.097.255 desligamentos no último mês em todo o país. O estoque de empregos no período alcançou 38.507.474 vínculos. Houve alta de postos de trabalho em 26 das 27 unidades federativas.

O Caged aponta que o saldo de janeiro a setembro teve um acréscimo de 719.089 vagas, o que representa alta de 1,9%. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 459.217 postos – variação positiva de 1,2%.

O crescimento foi registrado em sete dos oito setores econômicos. Do total, 60.961 novos postos foram abertos apenas em serviços, o setor de melhor desempenho em setembro.

O segundo melhor saldo ocorreu no setor da indústria de transformação, que fechou o mês com saldo positivo de 37.449 vagas. Comércio veio em seguida, com a criação de 26.685 postos.

Também tiveram saldos positivos construção civil (12.481 postos), serviços industriais de utilidade pública – SIUP (1.091 postos), administração pública (954 postos) e extrativa mineral (403 postos). Apenas o setor da agropecuária apresentou queda (-2.688 postos).