Em 17 anos, triplicou o número de pacientes em diálise no Brasil

Atualmente, mais de 126 mil brasileiros têm insuficiência renal e fazem Terapia Renal Substitutiva tipo hemodiálise ou diálise peritoneal. A cada ano, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 21 mil pessoas entram nesse grupo, de acordo com o Censo Brasileiro de Diálise 2017.

O fenômeno de quadros críticos da doença renal está atingindo 10% da população mundial, sendo considerada uma “epidemia”. Estando relacionado à explosão da hipertensão, diabetes, obesidade e o uso excessivo de anti-inflamatórios ou antibióticos, entre outras doenças que podem acometer os rins.  A hipertensão é a primeira causa de doença renal crônica e o diabetes, a segunda. Para se ter ideia, cerca de 50% dos pacientes que entram em diálise têm diabetes.

O rim é um órgão vital para o equilíbrio da saúde. Tem a forma de um grão de feijão gigante e tamanho de uma mão humana fechada; é normalmente duplo, mas pode-se viver com apenas um. É o filtro do corpo humano e precisa de muita água.

Atualmente, devemos chamar a atenção da sociedade para a doença renal crônica, que é a perda progressiva — e muitas vezes irreversível — da função dos rins, o que pode fazer o paciente necessitar de diálise ou transplante para não morrer.

Diálise é um processo artificial para remover os resíduos e excesso de líquidos do corpo, um processo que é necessário quando os rins não estão funcionando adequadamente.

Na hemodiálise, o sangue é removido do corpo e bombeado por uma máquina para um dialisador (rim artificial). O dialisador filtra as toxinas do sangue e devolve-o limpo para o paciente. É possível ajustar a quantidade total do líquido devolvido. Na diálise peritoneal, o peritônio, que é uma membrana que reveste o abdômen e cobre os órgãos abdominais, atua como filtro.

A prevenção da doença renal passa, obrigatoriamente, pelo controle dos fatores de risco. Existem fatores de risco que podem ser evitados, como o consumo de medicamentos que fazem mal para os rins, dieta equilibrada – evitando-se o diabetes ou obesidade – e outros que podem ser controlados, como a hipertensão arterial.

Há também aqueles nos quais não há nada a se fazer, como são os casos da idade avançada e da história familiar. Ninguém consegue parar de envelhecer e nem pode mudar a sua carga genética.

Mas todos podemos melhorar o estilo de vida, com mais atividade física, uma dieta equilibrada e ingestão de bastante água. Também é possível fazer corretamente os tratamentos das doenças que, possivelmente, prejudicam a função renal e prevenir as lesões renais.

A melhor forma de prevenir problemas é passar pela avaliação de um Nefrologista, médico especialista em rins, principalmente se você tem pressão alta, diabetes, gota, histórico familiar de doença renal ou diálise, se tiver infecção urinária de repetição ou cálculos renais frequentes.