ELEIí‡í•ES 2016 – Eleição de mesa diretora será ‘apertada’





A composição da mesa diretora da Câmara deverá ser decidida na véspera das eleições, opinaram os vereadores eleitos Eduardo Dade Sallum (PT) e Ronaldo José da Mota (PPS). Os dois participam de série de entrevista do jornal O Progresso com os edis eleitos.

Ambos afirmaram que alguns futuros integrantes da Câmara estão negociando com o “outro lado” para definir o posicionamento na votação. Tanto vereadores das futuras alas governista e oposicionista estão “flutuando”.

Mota é integrante da futura oposição ao governo de Maria José Vieira de Camargo (PSDB). Para ele, é “normal” a conversa entre vereadores contrários e apoiadores do próximo governo. “Tem gente de lá que conversa com a gente, e não é só um. Não vou citar nomes, mas tivemos reuniões, sim”, declarou.

De acordo com Sallum, a situação política local é “fluida” e pode mudar muito nos próximos dias. “Os dois grupos estão em equidade, mas tem dois ou três vereadores que estão flutuando entre um lado e outro. São eles que vão decidir a eleição”, afirmou o petista.

A mesa diretora é composta por quatro cargos: presidente, vice-presidente, primeiro-secretário e segundo-secretário. Ela é considerada “chave” para a governabilidade. A presidência da Câmara dita o andamento das votações que podem ser benéficas ao governo.

Até o momento, dos 17, apenas dois vereadores disseram abertamente querer disputar a presidência da Câmara: Luís Donizetti Vaz Júnior (PSDB) e Rodnei Rocha (Nei Loko – PTB). Ambos foram eleitos pela coligação de Maria José.

Segundo Mota, a possibilidade de um “novato” assumir a presidência na Casa de Leis existe. Para ele, entre os estreantes na Câmara, teriam condições de assumir o cargo Alexandre Grandino Teles (PSDB), João Éder Alves Miguel (PV) e Rodolfo Hessel Fanganiello (PSB), além de Rocha, que demonstrou publicamente a vontade de presidir o Legislativo. “Acho que pode ser um novato mesmo. Tanto do lado da prefeita quanto do nosso”.

Na mesma linha, Sallum pediu “ousadia” à Câmara na formulação da mesa diretora. Para ele, a administração da Casa de Leis deve refletir a renovação imposta pelo eleitorado no pleito de outubro. “Eu reivindico que seja uma formação que represente a nossa sociedade e que sejam ousados, pois todos esperam isso da gente”.

O futuro vereador – o mais novo na próxima legislatura – não arrisca dizer como será a composição da mesa. Sallum pediu aos pares que tanto governo quanto oposição sejam contemplados.

Para ele, a direção da Casa de Leis deve ser “independente” do governo, mas não deve atrapalhar o Executivo em pautas importantes para o andamento da cidade.

As entrevistas com Sallum e Mota fazem parte da série de reportagens publicadas por O Progresso ao longo de oito finais de semanas. A cada domingo, o bissemanário mostrou os posicionamentos e projetos de dois dos 17 parlamentares eleitos.

A série começou em 9 de outubro, quando Valdeci Antonio de Proença (PTN), o vereador mais votado, teve a entrevista publicada. As reportagens se seguiram no dia 30 do mesmo mês. Na ocasião, foram entrevistados Antonio Marcos de Abreu (PR) e Jairo Martins (Pepinho – PV).

Também cederam entrevistas os parlamentares eleitos Alexandre Grandino Teles (PSDB), Alexandre de Jesus Bossolan (PSDB), Rodnei Rocha (Nei Loko – PTB) e Rodolfo Hessel Fanganiello (PSB), Joaquim Amado Quevedo (PMDB), Luís Donizetti Vaz Júnior, Nilto José Alves (Bispo Nilto – PMDB) e Severino Guilherme da Silva (Tiozinho do Santa Rita – PSD).


ENTREVISTAS:
Ronaldo José da Mota (PPS)
Eduardo Dade Sallum (PT)