Doenças sexualmente transmissíveis -DST/Aids

Obs.: Por ser publicado na última edição, o mesmo artigo atual com dados desatualizados, sendo a matéria saída truncada por lapso de nossa parte, publicamos novamente, nesta edição, o mesmo assunto, já corrigido. Pedimos desculpas por nossas falhas.

O que são DST?

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são doenças infecciosas causadas por vírus, bactérias e outros agentes, transmitidas principalmente por contato sexual sem o uso ou com o uso incorreto de preservativo (camisinha) com uma pessoa que esteja infectada.

O sexo sem proteção está causando a explosão do número de pessoas infectadas com agentes de DSTs.
O problema é comum também ao Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que a população entre 25 e 39 anos é a mais suscetível a contrair as enfermidades transmitidas pelo sexo.
A despeito das campanhas e dos alertas dos médicos, um pouco mais da metade dos jovens entre 15 e 24 anos usa preservativo na relação com parceiros eventuais.  Os outros, partem para o risco e podem ser infectados pelo HIV, vírus que provoca a Aids, Papilomavírus, causador dos condilomas e câncer, entre outras enfermidades.

O Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano) constatou que, das 7.586 pessoas testadas, 54,9% tinham o vírus e 38,4% apresentavam alto risco de desenvolver câncer.

Quanto à Aids, o índice de contágio dobrou entre jovens de 15 a 19 anos, passando de 2,8 casos por 100 mil habitantes para 5,8 na última década. Na população entre 20 e 24 anos, chegou a 21,8 casos por 100 mil habitantes. Em 2016, cerca de 827 mil pessoas viviam com o HIV no país. Aproximadamente, 112 mil brasileiros têm o vírus, mas não o sabem.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, há dois anos, foram notificados 87.593 casos de sífilis adquirida, 37.436 em gestantes e 20.474 congênitas. Já os episódios de hepatite C somavam pouco mais de 7.000 em 2003, incidência de 4 por 100 mil habitantes. Em 2016, foram 6.500 casos por 100 mil habitantes.

Principais DSTs

Cancro “mole”, hepatite B, herpes simples genital, HIV (Aids), HPV (Vírus do Papiloma Humano (“crista de galo”), linfogranuloma venéreo, sífilis (fase 1.º na ferida nos órgãos sexuais – cancro “duro”), tricomoníase, uretrite gonocócica (gonorreia), uretrite não gonocócica (por clamídia)

Sintomas

Coceira, mau cheiro, bolhas, dor ao urinar, dor durante o ato sexual, corrimentos, feridas e verrugas genitais. Muitas doenças sexualmente transmissíveis não apresentam sintomas logo no início do processo. Portanto, há de se ter muito cuidado de notar os sintomas logo após relações sexuais sem camisinha e/ou relações sexuais com pessoas suspeitas.

Contágio

Sexo sem uso de preservativo (camisinha) ou uso não adequado.

Transmissão de mãe para filho na gravidez ou amamentação.

Mulher que estiver grávida deve fazer o pré-natal corretamente e, identificando alguma destas doenças, trate juntamente com o seu parceiro, evitando a transmissão para o seu bebê.

Prevenção

O uso de preservativos (camisinhas) ainda é a melhor maneira de evitar doenças sexualmente transmissíveis em qualquer idade. Use preservativo em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal).

Lembre-se

Muitas doenças sexualmente transmissíveis não apresentam sintomas logo no início. A Aids é uma doença que não era conhecida quando você ainda era jovem, mas, hoje, é o grande problema das relações sexuais sem preservativo.

Hepatites virais, sífilis e gonorreia também são doenças transmitidas pela relação sexual sem preservativos. Para evitar o HPV, existem dois tipos de vacina: a bivalente, que protege as meninas de apresentar o câncer de colo de útero; e a quadrivalente, que, além de proteger contra o câncer de colo de útero, ainda protege contra as verrugas genitais, para meninos e meninas acima de nove anos. São três doses (0-30 dias-6 meses). Essas vacinas estão disponíveis no Cevac.

Há um tratamento imunomodulador (imunoterapia) para herpes simples de repetição. São 18 semanas de vacinas hipossensibilizantes aplicadas por via subcutânea, para aumentar a resistência do organismo contra o herpes simples, que dão lesões principalmente nos lábios e órgãos genitais. Esse tratamento está disponível no Cevac.

Identificando algum destes sintomas, procure orientação médica.

O tratamento das DST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe o ciclo de transmissão dessas doenças.

Fontes: Folheto do Hospital dos Servidores Públicos Estaduais – Iamspe – (Gestão de Comunicação Corporativa) e dados de nossos arquivos. Dados do Ministério de Saúde.

* Médico pediatra com TEP pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e diretor clínico da Alergoclin Cevac.