Dia do Consumidor implica em cuidados para compra on-line





Neste sábado, 15, é comemorado o Dia Mundial do Consumidor. Para marcar a data, o coordenador do Procon local, Adilson Diniz Vaz, dá algumas dicas para os consumidores não terem problemas em compras on-line.

Embora cada vez mais popular, a compra de produtos pela internet ainda gera dúvidas. Questionamentos sobre segurança e garantia de entrega são os mais comuns entre aqueles que desejam aproveitar as facilidades do comércio eletrônico.

Alguns cuidados simples, como verificar se a loja virtual fornece informações sobre endereço físico e telefone para contato, evitam problemas com as compras on-line.

“Fazer uma pesquisa bem apurada antes de concretizar a compra é o melhor caminho para não ter ‘dor de cabeça’ depois. O consumidor precisa checar os dados da empresa virtual e procurar em outros sites se ela é alvo de muitas reclamações”, orienta o coordenador.

Ele também reforça que o consumidor precisa estar atento ao valor dos produtos divulgado na internet. “Não se pode ir só pelo preço barato. Na verdade, as pessoas devem desconfiar de valores muito baixos”, alerta.

Segundo Vaz, o Procon tem registrado reclamações relacionadas, justamente, com a compra de produtos baratos que não conferem com o encomendado pelos clientes. “Às vezes, o produto nem chega e, quando chega, vem danificado”.

O coordenador ainda explica que as disposições do Código de Defesa do Consumidor também são aplicáveis no caso de comércio eletrônico. “A única coisa diferente é que o consumidor de loja virtual pode desistir da compra em um prazo de sete dias, mas o cliente de loja física, não”, frisa.

No caso de problemas com o prazo de entrega do produto, por exemplo, o consumidor tem o direito de cancelar a compra com o ressarcimento de todos os valores pagos, inclusive, o frete.

O estudante Ricardo Lores, 18, tem o hábito de comprar pela internet por achar mais cômodo. Ele até já comprou impressora e monitor. “Nunca tive problema, mas fico sempre acompanhando a entrega dos Correios”.

Já o colega de Ricardo, o estudante Adilson Juliano, 23, nunca fez compras on-line. “Já tive vontade e até cheguei a pesquisar em alguns sites e com algumas pessoas, mas acabei desistindo. Não foi por medo de dar errado, mas, mesmo assim, decidi não comprar”.

Por não ter cartão de crédito, a costureira Célia Moreira, 35, nunca comprou pela internet, mas não descarta a possibilidade. “Eu não tenho muita paciência para essas coisas, mas confio na eficiência desse tipo de comércio”.

Quem é fã das compras on-line é a faxineira Rose Camargo, 46. Embora tenha comprado um travesseiro de pena de ganso que não gostou, ela apoia a ideia. “O segredo é pesquisar bem e ver se o site é confiável. Meu filho compra bastante coisa e nunca teve problema”.

Já o vigilante Samuel dos Santos, 29, não teve sorte na primeira experiência com comércio eletrônico e não pretende arriscar mais.

“Comprei um celular, mas não recebi o modelo que eu havia encomendado, parecia um aparelho falsificado. Então, acabei tendo que vender por um preço menor, para comprar o que eu realmente queria”.

Mercado crescente

O comércio eletrônico brasileiro, também chamado de “e-commerce”, cresceu 28% em 2013, com um rendimento superior a R$ 28 bilhões, de acordo com dados da E-bit, empresa especializada em pesquisas desse setor.

O resultado superou as expectativas dos analistas, que esperavam um aumento de 25% em relação a 2012. Só de janeiro a junho de 2013, foram feitos mais de 34 milhões de pedidos por lojas on-line.

Segundo estimativa da E-bit, neste ano, por conta da Copa do Mundo, o comércio eletrônico brasileiro deve registrar crescimento de 20%, atingindo um faturamento de mais de R$ 34 bilhões.

Em 2013, mais de 4.000 brasileiros fizeram a primeira compra pela internet, e as mulheres são a maior parte desses novos clientes digitais (55%).

Ainda segundo o relatório da E-bit, muitos dos novos compradores são da classe C, possuem ensino fundamental e médio e têm salário médio de R$ 3.000.

Os produtos mais comprados por meio do e-commerce, de acordo com dados da E-bit, são itens da categoria de moda e acessórios (13,7%), eletrodomésticos (12,3%), cosméticos (12,2%) e informática (9%).

A mudança no comportamento dos consumidores, que se sentem mais confortáveis e confiantes em comprar nas lojas on-line foi apontada, no relatório, como um dos motivos para os bons resultados do comércio eletrônico no país.