‘Dia do Choro’ ganha celebração especial





AI Conservatório / Kazuo Watanabe

Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí faz concerto em alusão ao Dia do Choro, dia 22

 

Celebrado nacionalmente em 23 de abril, o Dia do Choro terá homenagem antecipada no palco do teatro “Procópio Ferreira” nesta quarta-feira, 22, às 20h30. Na data, o Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí apresenta clássicos do gênero. O concerto tem ingressos vendidos a R$ 12 (R$ 6 meia entrada).

A apresentação contará com composições de Pixinguinha (“Minha Gente” e “Displicente”), Adalberto Azevedo (“Carnaval Duvidoso”), Orlando Silveira (“O Meu Amigo”), Bonfiglio de Oliveira (“A Cesar o que é de Cesar” e “Saudades do Guará”) e Zequinha de Abreu (“Sururu na Cidade”), Aymoré (“Choro Triste”).

Também inclui obras de João dos Santos (“Paulista”), Esmeraldino Sales (“Uma Noite no Sumaré”), Garoto (“Quanto Dói Uma Saudade”), Izaias Bueno (“Tão Só”) e Amador Pinho (“Fricotes de Viúva”).

O repertório foi selecionado pelo professor e coordenador do grupo, Alexandre Bauab Junior. Especializado no gênero, ele é coordenador da área no Conservatório de Tatuí, uma das primeiras instituições no país a ter o choro como disciplina.

Tido como referência nacional, Junior participa, também na próxima semana, da inauguração da Casa do Choro, no Rio de Janeiro. Ele tem presença confirmada, ainda, no VI Festival de Choro, onde desenvolverá várias atividades na inauguração. O evento acontece nos dias 25 e 26 deste mês.

O Dia Nacional do Choro é celebrado no dia 23 de abril em homenagem à data de nascimento de Pixinguinha, uma das figuras exponenciais da música popular brasileira, e em especial do choro. O gênero entrou na cena musical brasileira em meados e finais do século 19 e, desse período, se destacam Callado, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth.

Inicialmente, o choro mesclava elementos da música africana e europeia e era executado principalmente por funcionários públicos, instrumentistas das bandas militares e operários têxteis.

Segundo José Ramos Tinhorão, o termo choro resultaria dos sons plangentes, graves (baixaria) das modulações que os violonistas exercitavam a partir das passagens de polcas que lhes transmitiam os cavaquinistas, que induziam a uma sensação de melancolia. O século 20 traria uma grande leva de chorões, compositores, instrumentistas, arranjadores, e entre eles, com destaque, Pixinguinha.

Alfredo da Rocha Vianna Júnior, o Pixinguinha, nasceu em 23 de abril de 1887. Cedo se dedicou à música e deixou um legado de inúmeros clássicos, arranjos e interpretações magistrais, como flautista e saxofonista. O apelido Pixinguinha veio da união de pizindim – menino bom – como sua avó o chamava, e bexiguento, por ter contraído a varíola, que lhe marcou o semblante.

O Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí foi fundado em 1993 e, desde a fundação, é formado por Alexandre Bauab Junior (violão sete cordas, arranjos e coordenação), Altino Toledo (bandolim), Rodrigo Moura (percussão) e Marcelo Cândido (cavaquinho).