Dia de Finados deverá atrair 15 mil pessoas a cemitérios locais





Até o dia 2 de novembro, feriado de Finados, cerca de 15 mil pessoas devem visitar os cemitérios municipais Cristo Rei, na avenida Cônego João Clímaco, e São João Batista, no Vale da Lua. Essa é a expectativa do funcionário público e administrador dos cemitérios, Erci Mendonça da Silva.

De acordo com ele, desde o início de outubro, os trabalhos de limpeza foram intensificados nos locais em razão da proximidade do Dia de Finados.

Silva afirma que os serviços contemplam a retirada de entulhos resultantes das reformas em túmulos realizados por familiares dos falecidos e das flores e folhas ressecadas, espalhadas pelo vento, além da pintura de muros e do meio-fio.

O administrador informou que os familiares que desejam fazer limpeza, lavagens, pinturas e reformas nos túmulos para o feriado têm até o dia 25 deste mês para realizá-los.

Para tanto, o interessado deve abrir um requerimento e aguardar a liberação do cemitério para iniciar os serviços. Segundo ele, o pedido tem que ser feito com antecedência.

“O requerimento deve ser feito antes porque nós precisamos de um prazo para realizar os trabalhos, principalmente para a retirada de resíduos do local”, disse.

Ainda de acordo com ele, os serviços não serão permitidos nos dias 31 de outubro, 1o e 2 de novembro. Por esse motivo, Silva explica que muitas famílias decidem comparecer aos campos-santos algumas semanas antes.

“Já tem bastante gente fazendo limpeza e pintura, mas a lavagem dos túmulos costuma acontecer na véspera, porque, se fizer muito antecipado, pode empoeirar de novo”, afirmou.

De acordo com o administrador, a diferença entre os dois cemitérios é que, no São João Batista, o sepultamento é subterrâneo. “Não existe lá esse tipo de manutenção, nem reforma”.

Segundo ele, os únicos serviços necessários são o polimento nas placas em que estão os nomes das pessoas falecidas e a manutenção da grama que as famílias plantam no local.

Silva recomenda que as pessoas optem por levar arranjos de flores artificiais, devido à durabilidade. Como não precisa ser regado com água, esse tipo de enfeite se torna mais eficiente no controle de proliferação das larvas do mosquito da dengue.

“A gente tem uma preocupação muito grande com o ‘mosquitão’. Tem pessoas que trazem vasos de barro e não tem vazão daquela água, ou, então, aqueles de plástico, com um elástico, para segurá-lo. Mas, estes acumulam água também”, explicou.

Silva diz que, se a pessoa não tiver como furar ou adequar o vaso para a vazão, os cemitérios disponibilizam areia ou terra para serem colocados dentro do vaso, assegurando, assim, que o mosquito não se prolifere.

O coordenador dos cemitérios também pede aos visitantes que não acendam velas nos túmulos, para evitar acidentes. Segundo ele, alguém pode escorregar na parafina e sofrer queda.

Além disso, ele alerta para o risco de incêndio, em razão do grande número de velas. “A gente aconselha a não acender velas para não estragar os túmulos, ele enfumaça e gera problemas. Os papéis que estão por perto também podem incendiar”, alertou.

O acendimento deve ocorrer apenas nos veleiros existentes no interior dos campos-santos. “Temos, dentro dos cemitérios, pontos específicos para acender velas”, adiantou.

No cemitério Cristo Rei, por exemplo, os visitantes estão liberados para acender velas na muralha, onde existe um grande número de pessoas sepultadas.

Outro ponto, segundo o administrador, é próximo ao túmulo do “Anjinho”, no corredor principal. Ele seria uma criança que faleceu aos 12 anos, em 1908, e é atraído por devotos em busca de milagres.

Silva contou que não sabe se haverá celebração de missa no Dia dos Finados. “Ainda não sabemos se haverá (missa). Geralmente, nós ficamos sabendo na semana, ou mesmo na véspera do feriado”, adiantou.

Entretanto, ele lembra que, nos anos anteriores, um padre celebrou uma missa na capela. “Elas eram feitas das 9h às 10h. Não são todos os visitantes que vão, mas aqueles que assistem se aglomeram na capela”, detalhou.

Silva explica que a maioria dos visitantes é formada por pessoas que moram na cidade. Mas, diz que muitas delas, que têm entes queridos sepultados em outras cidades, acabam indo na véspera do dia.

“Geralmente, eles fazem a visita um dia antes para que, no outro dia, possam ir a outro cemitério, em outra cidade”, ressaltou.

Os dois cemitérios vão funcionar das 6 às 18h para prestar homenagens póstumas. Nesse horário, ambos estarão abertos já a partir de sábado, 30.

Em frente aos campos-santos, serão instaladas barracas para comercialização de alimentos, bebidas, flores, velas e artigos religiosos.

No entanto, os comerciantes devem estar devidamente cadastrados e autorizados. A licença pode ser solicitada na Prefeitura, à avenida Cônego João Clímaco, 226, mediante apresentação de RG e CPF.