Debate sobre direitos de jovens movimenta o Dia da Juventude





Juiz conversando com adolescentes e jovens, rapazes recitando poesias e uma “batalha de rima” acontecendo no CEU (Centro de Artes de Esportes Unificado) “Fotógrafo Victor Hugo da Costa Pires”. Tudo isso foi possível com o “Nossa Voz”, organizado pelo PLP (Promotoras Legais Populares), AmaTatuí, movimento hip-hop e órgãos municipais de assistência social.

Realizado dia 12, o evento pode servir de modelo para novas ações na mesma linha. Conforme a organização, a projeção é de que ele se transforme em ação anual.

O local escolhido pela organização para esta edição, o CEU, já tem grande movimento durante o dia todo. Organizado para celebrar o Dia Internacional da Juventude, o evento reuniu autoridades, assistentes sociais e movimentos sociais para discutir as “dificuldades e vulnerabilidade dos jovens”.

O juiz Marcelo Nalesso Salmaso, da Vara da Infância e Juventude, conversou com o público. Ele explicou os direitos dos jovens e as dificuldades enfrentadas na juventude, de acordo com MC Visel, um dos organizadores.

“O juiz falou sobre a juventude. Todo mundo ouviu ele atentamente. Depois, fizemos um ‘fast-food’ de política, e eles (os jovens) puderam expressar o que entendiam sobre o assunto e opinaram”, afirmou.

Durante o “fast-food” de política, os jovens assistiram a vídeos explicando 11 direitos constantes no ECA (Estatuto da Criança e da Juventude). Após a apresentação, puderam opinar sobre o assunto e tirar dúvidas.

“Todas as tribos tiveram voz e puderam se expressar. O hip-hop, o movimento negro, as mulheres, todos participaram e tiveram vez”, disse o MC.

O evento se estendeu até às 22h. Os jovens assistiram a apresentações de grupos de capoeira, kickboxing de projetos sociais do Jardim Gonzaga e vila Angélica. A música ficou por conta do MC Visel.

Os participantes fizeram grafite em um painel de madeira. Brindes como bonés e camisetas foram distribuídos aos jovens, que também puderam fazer corte de cabelo e tranças “afro”.

“Nós tocamos hip-hop e promovemos batalhas de rimas e sarau de poesias. Teve gente que, inclusive, apresentou poemas de autoria própria”, contou.

A expectativa é de que, no ano que vem, o evento repita o número de participações e consiga levar para mais jovens a discussão sobre a juventude e os direitos.