Cras Sul estará em nova sede a partir do mês de fevereiro





O Cras Setor Sul (Centro de Referência de Assistência Social) estará, em breve, em novo endereço. A sede, atualmente localizada na rua Arthur Eugênio dos Santos, 115, no bairro Tanquinho, ficará na rua Osmil Martins, 305, no bairro Santa Rita de Cássia. O novo prédio era utilizado pelo Cosc (Conselho Social da Comunidade).

Para o coordenador do Cras Sul, Edmar Almeida Pereira, “a mudança é uma ótima oportunidade de ampliação”. Segundo ele, no momento, o centro de referência possui quatro pequenas salas, sendo que o restante do local pertence ao centro de capacitação do bairro Santa Rita de Cássia.

O novo local, segundo Pereira, está em ótimas condições. Haverá apenas pintura externa para identificação e a mudança da placa. O Cras Sul contará com seis salas, além da varanda e o quintal, para as atividades esportivas.

O setor aguarda a transferência do telefone e da rede de internet, o que deve acontecer até o final de fevereiro, já com todas as novas atividades.

Até o final do ano passado, quando Pereira assumiu a coordenação, o centro desenvolveu as oficinas de percussão “Ritmos do Brasil”, aos sábados, de “EVA Território da Arte”, às quintas-feiras, e realizou uma parceria com o Sesi (Serviço Social da Indústria) e com o Fundo Social de Solidariedade, passando, então, a oferecer as atividades do programa “Alimente-se Bem”, com cerca de 170 participantes.

A intenção é ampliar o número de atendimentos e desenvolver novas atividades após a mudança, inclusive, o aprimoramento do atendimento ao público prioritário.

“Agora, assumindo esse novo espaço, que é bem amplo, teremos oficina de roupa de boneca em EVA, oficina de tricô e oficina de crochê”, revelou.

Pereira diz não ser possível antecipar o números de participantes, porque ainda estão em processo de formalização da parceria com as outras secretarias, para que se possam desenvolver as atividades.

“Vamos fazer parceria com a Secretaria de Esportes, para poder trazer o judô, caratê, capoeira, e estamos pensando em trazer um pessoal de Itapetininga, para oficina de badminton, um tipo um tênis só que com uma peteca”, contou.

Para Pereira, o atendimento deverá abranger entre 250 e 300 pessoas. Os serviços de convivência serão organizados em faixa etária, mas sem limite de idade.

Pereira comenta que, além das oficinas habituais, existem projetos para oficinas de férias. “As crianças daqui não têm um local com atividades para elas, fora a escola. Então, acabam indo para a escola e, depois, não têm nada que complemente. E as pessoas com deficiência, um público prioritário para nós, também não têm atividades”, explica.

As mudanças no Centro de Referência acontecem de maneira contínua e com acompanhamento. Algumas situações são observadas com mais facilidade, como usuários que procuram o local para pedir informações e, com o passar do tempo, participam de oficinas.

“A pessoa não participava das atividades que qualquer cidadão pode participar, e ela começo a participar. Isso, para a gente, é uma mudança grande, porque, hoje, ela pode dizer que já tem voz, tem representatividade”, comentou.

Outros casos envolvem pessoas que não possuíam renda e o Cras trabalha para que adquiram o BPC (Benefício de Prestação Continuada), para idoso e pessoas com deficiência.

O principal serviço oferecido pelo Cras é o Paif (Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família), e o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo).

Usa-se a modalidade de cursos e oficinas, mas a proposta maior não é fazer a formação ou capacitação, no sentido de educar o aluno, mas no sentido de trabalhar a convivência.

“É notório que, quando a pessoa faz um curso, ela adquire habilidades, e consegue desenvolver isso até como atividade de trabalho. Tem muita gente que fez os cursos do Alimente-se Bem, os cursos em parceria com o Fundo Social, e começou a desenvolver isso como trabalho. Mas, a proposta principal do Cras é integrar a família”, finalizou.

 

Cras

O Centro de Referência de Assistência Social executa serviços de proteção social básica, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais. O centro é destinado a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade e risco pessoal, que residem no território das sedes.

O objetivo é prevenir a ocorrência de situações de risco social, por meio do “fortalecimento de vínculos familiares e comunitários e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania”. 

Em Tatuí, existem quatro sedes, o Setor Leste, localizado na vila Doutor Laurindo; Setor Norte, no Jardim Gonzaga; Setor Sul, no bairro Tanquinho; e Setor central, no Boqueirão.

A sede do Setor Sul, inaugurada no dia 11 de maio de 2013, contabilizou, até dezembro de 2015, cerca de 9.000 atendimentos e 950 visitas domiciliares.

Atualmente, atende perto de 17 mil pessoas, residentes nos bairros Jardim Santa Rita de Cássia, Jardim Novo Horizonte, Jardim Gramado, Tanquinho e os rurais Queimador e dos Palanques.