Convenção em SP deve homologar Gonzaga para disputa nas eleições





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Gonzaga deve ter nome homologado na manhã deste sábado em SP

 

Com início às 9h e término às 14h, a convenção estadual do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) deve oficializar o nome do ex-prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo como candidato às eleições deste ano. O evento acontece neste sábado, 29, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.

Gonzaga é presidente do diretório municipal da legenda e pretende voltar à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) como deputado.

O ex-prefeito de Tatuí já ocupou assento no Palácio 9 de Julho por duas vezes, entre 1999 e 2002 e 2003 e 2004, ausentando-se para assumir a Prefeitura.

Empresário, advogado e contabilista, Gonzaga deixou a Assembleia em 2005, para chefiar o Executivo local. Ele venceu as eleições municipais em 2004, tendo sido reeleito em 2008.

Em 2014, o político volta a concorrer, como pré-candidato do PSDB. “Recebi o convite do governador do Estado, Geraldo Alckmin, e do meu parceiro de longa data, o deputado estadual Samuel Moreira”, iniciou o ex-prefeito.

Gonzaga disse que os políticos incentivaram-no a disputar as próximas eleições. “Na verdade, eu queria um tempo de reflexão, mas eles ponderaram que era importante para Tatuí e para a região, em razão do meu passado de lutas e de trabalho, que eu colocasse meu nome à disposição”, adicionou.

A decisão de voltar ao cenário político veio após conversas com lideranças regionais e familiares. O presidente do PSDB local disse que aceitou a proposta depois de extensa conversa com políticos do sudoeste paulista.

Em entrevista, ele afirmou que não imaginava “ter uma recepção tão boa em torno do nome”. “Para mim, é uma satisfação, um motivo até de orgulho”, comentou.

O ex-prefeito disse que “a região está precisando de um representante”. Falou, também, que a aceitação se deve ao fato da “postura de trabalho” dele.

“Sempre pautei minha luta pelo voto distrital. Sempre procurei me colocar como um deputado distrital. Acho que esse meu passado dá uma tranquilidade às lideranças regionais – entre prefeitos e ex-prefeitos”, analisou.

Em conversas com os políticos, Gonzaga afirmou que recebeu apoio total e “sem nenhuma exceção”. “Tenho certeza que vão me apoiar nessa luta. É uma missão difícil e, como toda eleição, será difícil, mas estou muito entusiasmado”, falou.

Além do apoio de correligionários e companheiros, o ex-prefeito disse estar confiante na população. Gonzaga disse que a avaliação dos últimos anos de mandato dele como prefeito – quando registrou mais de 80% de aprovação – deve auxiliá-lo no fortalecimento do nome para o pleito a deputado.

“Em Tatuí e em todas as cidades da região, meu nome é muito forte, conhecido em razão do trabalho que tinha feito como deputado estadual e que fiz na Prefeitura. Isso está, para mim, bem claro, e reflete minha luta”, considerou.

Mesmo em um panorama diferente daquele que o elegeu deputado estadual pela primeira vez, Gonzaga afirmou que entende ser possível vencer. Em 1998, ele integrou projeto de candidatura única, envolvendo Tatuí e região.

“Se aquele movimento não tivesse acontecido, eu dificilmente conseguiria me eleger, e até nem seria candidato. Só me candidatei quando senti que havia uma união de forças políticas e de lideranças empresariais e religiosas”, declarou.

No cenário atual, Gonzaga analisa que tem chances, uma vez que, na segunda candidatura, enfrentou adversários. “A população percebeu que havia a necessidade de consagrar um nome que já vinha trabalhando, e isso me deu uma votação mais expressiva do que na primeira vez”, destacou.

Em 1998, Gonzaga somou 37.623 votos. Na segunda eleição a deputado, em 2002, elegeu-se com 86.366 votos. “Eu mais que dobrei. Fui um deputado, realmente, distrital. E, nas minhas andanças, tenho sido lembrado pelas conquistas das quais fui um instrumento em muitas cidades da região”.

Dentre os trabalhos realizados como deputado, ele citou a duplicação da rodovia Antonio Romano Schincariol (SP-127), entre Tatuí e Capão Bonito, a vinda da rede de gás natural – reivindicação feita ao então governador Mário Covas e que permitiu a vinda da Guardian do Brasil –, a construção de escolas e o trabalho que possibilitou a vinda da Fatec (Faculdade de Tecnologia) “Professor Wilson Roberto Ribeiro de Camargo”.

Gonzaga citou, também, o asfaltamento da rodovia Gladys Bernardes Minhoto (SP-129), que liga Tatuí a Boituva, e a duplicação da rodovia Senador Laurindo Dias Minhoto (SP-141), beneficiando as cidades de Capela do Alto e Araçoiaba da Serra. A rodovia liga, ainda, Tatuí a Sorocaba.

“Nós, como deputado, conseguimos trazer a infraestrutura necessária para o progresso que a região vem sentindo nos últimos anos”, sustentou.

Baseado na “folha de serviços prestados à população”, o ex-prefeito afirmou que não teme ser questionado com relação a um possível afastamento.

Em 2004, ele deixou a Assembleia Legislativa para concorrer à Prefeitura, tendo se afastado do mandato de deputado em 2005, por conta da eleição.

“Não vejo isso como algo que poderia me render críticas porque, naquela época, havia um sentimento em Tatuí de que nós tínhamos de ter uma mudança na maneira de administrar a cidade. Estávamos numa crise”, disse Gonzaga.

O ex-prefeito afirmou que deixou a Alesp por conta de pedidos da população e de Alckmin. Na época, o governador também havia se afastado para disputar a presidência da República e Gonzaga tinha o projeto de ser deputado federal.

“Em respeito ao eleitorado tatuiano, eu abri mão do meu projeto. Na região, não tenho encontrado resistências por isso, porque as lideranças entendem. E acho que a população de Tatuí não se arrependeu de eu ter saído”, argumentou.

Além de buscar apoio, Gonzaga disse que está preparado para “eventuais ataques, acusações e ameaças de processo”. O ex-prefeito afirmou que é vítima de “uma campanha difamatória sem precedentes na história do município”.

“Sou vítima do sucesso da minha gestão. Isso incomoda profundamente os meus adversários, mas não me intimida. A Justiça está aí para se pronunciar. Tenho uma vida de trabalho na cidade. Minha vida e meus negócios são transparentes. E, com relação à administração, o povo fala por mim”, declarou.

O político afirmou, ainda, que tem recebido apoio da população com relação à pré-candidatura. “Quando saio às ruas, o que mais ouço é que as pessoas têm saudades do prefeito Gonzaga. Me perguntam de política, eu digo que sou pré-candidato e que quero que as pessoas avaliem meu nome”, adicionou.

Para ele, as denúncias feitas – e que vierem a ser – têm resultado em “efeito contrário”. “Para cada acusação, eu tenho um remédio: saio às ruas da cidade e meço a opinião do povo. Por incrível que pareça, quanto mais batem no Gonzaga, mais a população fica do meu lado. Na política, é assim. O povo sabe diferenciar o que é mentira da verdade, e está do meu lado”, argumentou.

Ainda sobre eventuais “ataques”, o político afirmou que responderá “com trabalho”. Disse, também, que “anda de cabeça erguida pelas ruas da cidade”. “Nunca prometi para o povo aquilo que não podia cumprir”, concluiu.