Concha Acústica passa pelos ajustes finais e deve ser entregue em maio





AC Prefeitura / Evandro Ananias

Colocação das grades da Concha Acústica está em fase de finalização

 

A Concha Acústica Municipal “Maestro Spártacco Rossi” está recebendo os ajustes finais da reforma, e as grades estão quase 100% colocadas.

De acordo o secretário da Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura, José Roberto do Amaral, a obra está prevista para ser entregue na primeira quinzena de maio.

A reforma era para ter sido finalizada em dezembro do ano passado, mas, segundo Amaral, devido a alterações no projeto, precisou ser adiada. Estas modificações incluem a decisão do fechamento da Concha.

No projeto inicial da reforma não constava a aplicação do gradil, porém, depois de já iniciada a obra, o Executivo, junto aos engenheiros e arquitetos da Prefeitura, “viram a necessidade de fechar o local”.

Segundo Amaral, após terem sido colocados os pisos – e lixados –, criado camarins e recuperado banheiros, a administração concluiu que o local poderia acabar sendo alvo de vandalismo.

“E hoje, na Concha, na realidade, por assumir um espaço amplo, com várias partes fechadas, há mendigos, moradores de rua, o pessoal vai se acomodando”, afirmou Amaral. Ele complementa dizendo que, apesar de estas pessoas utilizarem o espaço para parar, a praça é destinada a eventos.

“Eu, como morador do bairro, percebo que não há crianças, pessoas que ficam sentadas. Do jeito que ela é, o formato dela não permite, não é um espaço para ficar sentado durante o dia”, observa.

“As características da Concha já são dessa forma, a única coisa que vejo é, vez ou outra, crianças jogando bola no final da tarde, mas o espaço também não é para isso”, acrescentou.

Conforme Amaral, por conta dessa realidade, ficou decidido pelo fechamento do espaço, “para impedir atitudes de vândalos e manter o lugar útil para eventos”.

A Concha permanecerá totalmente aberta durante o dia, provavelmente com um zelador para cuidar do espaço. As pessoas poderão continuar circulando no local.

No período noturno, os portões serão fechados e as pessoas não poderão entrar. De acordo com Amaral, possivelmente, ficará um guarda patrimonial “tomando conta e preservando a Concha”. O horário de abertura e fechamento dos portões ainda não foi definido.

“Durante o dia, as pessoas usam a Concha como passagem, quem está subindo atravessa o meio. E à noite, quase ninguém passa, são pouquíssimas pessoas, principalmente se for mulher. À noite passam pela calçada, não dá para cortar (caminho), é perigoso, sempre tem pessoas acampadas ali”, afirmou o secretário.

De acordo com Amaral, somente o espaço interno sofrerá mudanças. A praça do entorno continuará totalmente acessível a qualquer hora do dia ou noite.

Os quatro canteiros laterais estarão abertos e remodelados. “Nós estamos fechando o ‘miolo’. Aquela parte de entrada, que tem um patamar e fica sob os banheiros, vai continuar voltada para a comunidade, mesmo à noite. Nós estamos preservando o espaço interno”, afirmou.

Conforme o secretário, não haverá problemas de superlotação e as entradas e saídas serão de fácil acesso, pois continuarão as mesmas já existentes. Mas, então, será possível ter “certo controle” das pessoas que entram, além de se realizar “revistas”.

O gradil não deve gerar problema como falta de espaço para o público, pois o local é amplo, de acordo com Amaral. A Concha abriga até 5.000 pessoas. Já os eventos grandes, com maior público, não serão feitos no local.

“Hoje em dia, para lotar o espaço, tem que ser muito bom o espetáculo, porque ali é grande. Somente um evento de grande porte poderia ‘colocar’ 5.000 pessoas”, comentou.

Outro motivo para não haver grandes acontecimentos no local são os canteiros, pois o público não pode andar ou ficar sobre eles. Conforme Amaral, “as pessoas devem respeitar o lugar. Às vezes, as pessoas cobram, e elas mesmas não dão o respeito”.

De acordo com o secretário, a iniciativa de colocar as grades foi bastante necessária e ocorreu, “realmente, pela segurança e preservação do patrimônio e dos arredores da praça”.

“Claro que se o vândalo quiser entrar, talvez consiga, mas isso até com cerca elétrica a pessoa entra. Mas, acho que inibe, porque é um gradil de dois metros de altura, mais as muretas”, disse Amaral.

De acordo com ele, o que pode ocorrer, também, é alguém entrar quando a Concha estiver fechada e outra pessoa ver e denunciar, dificultando a saída e a ocorrência de atos criminosos.

Amaral disse que colocar as grades na Concha é somente uma medida de prevenção, podendo acontecer casos de invasão e danos.

“O ato do fechamento é para coibir, mas não vai ser uma barreira intransponível, é para a pessoa saber que aquilo não é para ser utilizado”, afirmou.

De acordo com o secretário, da primeira parte prevista, a obra está praticamente com 70% pronta. Falta terminar de colocar as grades, portões, trocar pisos das laterais, dar acabamento aos banheiros, camarins e palco.

A fase final das laterais também será iniciada. “Vamos começar a reformar os canteiros, aumentar a iluminação deles e da parte interna, e vamos colocar um poste que tinha caído havia muito tempo”, acrescentou.

O gradil, segundo o secretário, estará finalizado até o final de semana que vem, pois está “praticamente” pronto. Faltam apenas instalação de portões, reforço nas laterais e acabamento.

O contrato inicial, de R$ 580.232,44, de acordo com Amaral, ainda está mantido. Mesmo precisando substituir alguns itens, ele acredita que este valor não irá mudar.

Amaral disse que, no momento, está sendo somente finalizada a reforma da própria Concha. “Agora, como se diz, estamos colocando a cereja no bolo. São só acabamentos”.