Colt e Ares, do canil da PM, vencem campeonato na cidade de Sorocaba

 

O Canil Setorial de Tatuí, da 2ª Companhia da Polícia Militar, foi o campeão da primeira edição do Torneio de Cães de Polícia de Sorocaba, realizado no sábado, 4. A equipe formada pelos cães “Ares” e “Colt” venceu na somatória de pontos das provas de abordagem e simulado de faro de entorpecentes.

O torneio foi realizado na sede do CPI-7 (Comando de Policiamento do Interior). As provas tiveram a participação de 15 equipes de 14 canis setoriais da PM de todo o Estado e do Corpo de Fuzileiros Navais do Centro Experimental Aramar, de Iperó.

O cão Ares, da raça pastor-belga malinois, ficou em segundo lugar na prova de abordagem e imobilização. O cachorro completou três anos em setembro do ano passado e também tem a habilidade de farejar drogas. Ares foi conduzido pelo soldado Alexandre Rodrigues Corrêa.

Na prova de faro de entorpecentes, realizada no quartel sorocabano, Colt, da raça labrador, ficou na terceira posição. Ele participou da prova com o soldado Odirlei Fuzeti da Silva. O soldado Éder Nunes Ramos também integrou a equipe local.

Os dois cães fazem parte do plantel local da PM e são responsáveis por parte das apreensões de drogas em Tatuí. Ao todo, a companhia tem dez cachorros, das raças pastor-belga malinois, labrador e braco alemão.

“O torneio é importante para a gente colocar em prática o nosso treinamento, apesar de constantemente participarmos de ocorrências na cidade, como as de apreensões de drogas. O torneio é importante para a parte de abordagem, pois utilizamos isso pouco nas ruas”, explicou o cabo Dárcio Antônio Fernandes Júnior.

Os cães de Tatuí ficaram à frente dos canis setoriais da capital paulista, que figurou na segunda colocação geral, e de Sorocaba, classificado na terceira posição.

Os troféus conquistados pelo canil local não foram os primeiros da equipe. Em 2015, o setorial ficou na segunda colocação do 3º Torneio de Cães de Polícia, na cidade de Descalvado. A competição foi de nível nacional e teve a participação de canis das Polícias Militares de diversos Estados e das Forças Armadas.

“Em Descalvado, ficamos na frente do Canil Central de São Paulo. Isso dá moral à nossa equipe, que atende diversas cidades da região de Tatuí, Itapetininga e Itapeva”, declarou.

Os cães farejadores da PM local já participaram de apreensões de drogas nas cidades de Cerquilho, Boituva, Capela do Alto, Itapetininga e São Miguel Arcanjo, atendidas pelo 22º Batalhão. O apoio estendeu-se, inclusive, para localidades de fora, como Itapeva e Capão Bonito, do 54º Batalhão da PM.

“Por mês, fazemos entre cinco e seis apreensões de drogas com os cães na cidade. A quantidade depende muito das nossas atribuições e de operações em outros municípios”.

A PM local utiliza diariamente os cães farejadores. Colt e Ares são designados para realizarem policiamento em dias alternados. Os outros animais que estão aptos a trabalharem participam de operações.

Recentemente, o batalhão local adquiriu dois novos pastores-belgas, que completaram 75 dias nesta semana. Eles serão treinados para farejar drogas e realizar imobilização de suspeitos.

O canil também recebeu uma cadela da raça braco alemão, que tem a habilidade de busca e captura de pessoas. Ela tem sete anos e seis meses e está prestes a aposentar-se, ao completar oito anos.

“Essa cadela é de um policial que veio trabalhar em Tatuí. Então, o Canil Central permitiu que ela viesse para cá. Ele está com a gente trabalhando e tem grande experiência em treinamento”, contou.

 

Procedimentos

O emprego de cães na PM obedece uma norma conhecida como “POP” (procedimento operacional padrão). Segundo o cabo, a normatização rege a abordagem de suspeitos com os animais.

“O cão é a nossa arma não letal. Então, no escalonamento de força, se tivermos o cachorro na viatura, a primeira ferramenta que vamos utilizar é o cão. Que tenho conhecimento, só em duas ocasiões o canil teve a necessidade de fazer a imobilização com os cães, e foram em tumultos”, revelou.

O cabo afirmou que “dificilmente” os suspeitos se atrevem a correr quando o policial está com um cão. “Temos muito critério, pois, se utilizarmos o animal, o trauma na pessoa é grande”.