Ciranda da Memória





“A prisão não são as grades e a liberdade não é a rua. Existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência”. (Mahatma Gandhi)

Ciranda da Memória

O que é a nostalgia senão aquele sentimento que bate lá no fundo e nos faz voltar a tempos que ficaram se não esquecidos, pelo menos guardados na nossa memória.

Daí o cérebro vai lá nos cantinhos mais profundos da nossa alma e buscam coisas simples e singelas do nosso passado para nos trazer de novo esse ar de criança feliz e arteira.

Ah! Nossos tempos de criança! Tempos em que éramos felizes e não sabíamos; que acreditávamos em Papai Noel e tínhamos medo de mula sem-cabeça; tempo da inocência quando acreditávamos poder voar; quando nos sentávamos ao lado dos “mais velhos” e com os olhos arregalados ouvíamos as histórias, nunca nos perguntávamos sobre a veracidade dos fatos!

Quando sonhávamos ser príncipe e que uma bela princesa encantada viria nos fazer feliz para sempre; e comíamos doce sem pensar em engordar; fabricávamos nossos próprios brinquedos com latas, madeira e muita imaginação.

Sem telefone, pouca televisão (em preto e branco!) e nenhum computador. Tempos de rodar pião, brincar de “pega pega”, “cobra cega”, jogar bolinha de gude, brincar de carrinho e ainda assim se sentir feliz.

Nos fins da tarde numa grande roda das crianças da vizinhança como se fôssemos uma grande família e ficávamos “de mal” de vez em quando, mas isso passava logo nos jogos de bola ou de pique-esconde.

Subíamos em árvores para roubar manga e goiaba. E tínhamos nossos segredos de alta importância com nosso melhor amigo. Nosso coração já sabia bater escondido por aquela menina tímida e os primeiros bilhetinhos com versos e corações.

E não compreendíamos por que aprender números e letras era tão importante, não nos preocupávamos com dinheiro e menos ainda com política. Nossas maiores dores eram de joelhos ralados e tombos de bicicleta.

Tempos perdidos na nossa memória e que são revividos quando encontramos um amigo de infância que nos faz lembrar que aquela criança ainda mora dentro de nós.

Precisamos Uns dos Outros!

Havia uma garotinha que gostava de passear pelos jardins, quando um dia vê uma borboleta espetada em um espinho. Muito cuidadosamente ela a soltou e a borboleta começa a voar para longe.

Então ela volta e lhe diz: – Por sua bondade, vou conceder-lhe seu maior desejo. A garotinha pensou por um momento e replicou: – Quero ser feliz.

A borboleta inclinou-se até ela e sussurrou algo em seu ouvido e desapareceu subitamente.

A garota crescia e ninguém na terra era mais feliz do que ela. Sempre que alguém lhe perguntava sobre o segredo de sua felicidade, ela somente sorria e respondia: – Soltei a borboleta e ela me fez ser feliz.

Quando ela ficou bem velha, os vizinhos temeram que o seu segredo fabuloso pudesse morrer com ela. – Diga, por favor, eles imploravam, diga-nos o que a fada disse.

Agora a amável velhinha simplesmente sorriu e disse: – Ela me disse que todas as pessoas, por mais seguras que pudessem parecer, precisavam uma das outras!

Na verdade, nós todos precisamos uns dos outros. Mas não se esqueça: – Amizade não é ocasional, interessada ou pretensiosa. Amizade é para ser constante e para sempre.

Quando você ajuda alguém, por menor que seja, você está liberando felicidade para sua vida. Felicidade implica em ajudar o próximo, se doar. Se você ainda só quer receber, a tal felicidade nunca lhe baterá a porta.