Cinema antigo com piano é tema de concerto de Fábio Luz no PF





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Fábio Luz, pianista brasileiro radicado na Itália, apresenta-se em Tatuí no teatro ‘Procópio Ferreira’

 

O pianista brasileiro radicado na Itália, Fabio Luz, apresenta nesta quinta-feira, 23, o espetáculo “Cinema antigo com piano ao vivo”. O concerto gratuito acontece a partir das 20h30, no teatro “Procópio Ferreira”.

Os ingressos podem ser retirados antecipadamente de terça a sexta, das 17h às 19h; ou nos dias das apresentações, momentos antes do início da apresentação.

Antes de Tatuí, o concerto pôde ser visto em Sorocaba (dia 10, 20h30, Sala Fundec); São Paulo (dia 12, 11h e 16h, Centro Cultural Vergueiro); Rio de Janeiro (dias 14, 21h, e 15, 17h, Cinema Estação Botafogo) e Porto Alegre (dia 19, Santander Cultural, 19h).

“Cinema antigo com piano ao vivo” tem direção de Jacob Moe e apresentação dos filmes “As Aventuras de Villar” e “O Mágico de Atenas”, tendo Fabio Luz ao piano.

A ideia de apresentar esses dois filmes gregos raramente vistos, produzidos nos anos 20 com música brasileira do mesmo período – obras para piano de Ernesto Nazareth e Heitor Villa-Lobos – surgiu da colaboração de Luz com Moe para o espetáculo de abertura do anual “Syros International Film Festival”.

“Como parte do programa do Paradise Festival que a Fundação Franz Liszt realizou em julho de 2014 em Siros, capital das ilhas Cíclades, o espetáculo – tal como Nazareth o fizera em seu tempo, no Cinema Odeon do Rio de Janeiro – teve lugar no magnífico Teatro Apolo com extraordinário sucesso”, conta Luz, pianista formado pelo Conservatório de Tatuí e um dos solistas mais festejados da atualidade.

Simultaneamente às exibições dos filmes, cujas legendas foram traduzidas por Moe diretamente do grego para o português, são apresentadas obras do próprio pianista (“Improvisações incidentais”).

Também constam composições de Ernesto Nazareth (“Ameno Resedá”, “Bambino”, “Batuque”, “Brejeiro”, “Carioca”, “Confidencias”, “Coração que sente”, “Duvidoso”, “Escorregando”, “Faceira”, “Fon-fon”, “Garoto”, “Odeon”, “Ouro sobre azul”, “Remando” e “Segredo”).

De Camille Saint-Saens será apresentada “O Cisne”; de Heitor Villa-Lobos, “A manha da Pierrette”, “Dans un berceau féérique” e “Impressões seresteiras”; e, de Edmundo Villani-Côrtes, “Prelúdios n.1, 3, 5”.

Luz é um dos pianistas brasileiros mais aclamados no exterior. Recebeu o Prêmio Internacional Debussy 1978 (França), é mestre em música francesa pela Universidade Musical Internacional de Paris e está radicado na Itália há mais de 30 anos.

Nesse país, atuou como diretor do Instituto Verdi de Asti, coordenador da Accademia Superiore di Penne (Pescara) e docente dos Laboratori Musicali Internazionali Estivi al Castello di Cortanze.

Conta com mais de mil apresentações entre recitais, atuações em música de câmera e como solista de prestigiosas orquestras. É professor do Festival del Golfo de San Marco di Castellabate, coordenador e professor do Paradise Festival em Siros – Grécia, e presidente da Fundação Franz Liszt com sede na França.

Nascido em Nova Iorque, Moe é cofundador e diretor executivo do festival de verão anual Syros International Film Festival, que acontece na capital das ilhas Cíclades, na Grécia. O festival é curador da produção cinematográfica regional e valoriza as riquezas arquitetônicas da ilha – estaleiros, docas, cinema ao ar livre e o célebre Teatro Apolo.

Estudou ciências políticas e cinema no Pomona College de Los Angeles, Califórnia, onde trabalhou inclusive com a Chain Camera Pictures na produção de documentários.

Em 2011, realizou em Fortaleza estudos sobre desenvolvimento sustentável. Atualmente, é produtor cinematográfico de documentários e tradutor de literatura grega em Atenas, onde reside, e também tradutor-intérprete do Museu de Fotografia de Tessaloniki.

“As Aventuras de Vilar” é o mais antigo longa-metragem grego recuperado e restaurado pela cineteca de Atenas Greek Film Archive. É o segundo ato de uma comédia de Joseph Hepp, com o ator cômico Sfakianos (Villar) que teve sua carreira iniciada na França.

“O Mágico de Atenas”, filme de Achiléas Madras, teve sua produção iniciada em 1922 e como primeiro título “A Jovem Cigana de Atenas”, que não chegou a ser completado. Seu roteiro em linguagem simples conta a história de um músico-mágico de origens nobres (Mirka) que conquista as mulheres. Quando sua amada o deixa para ficar com um homem rico, ele fará de tudo para reavê-la.