Cinco alunos realizam recital de choro





AI Conservatório / Kazuo Watanabe

Músicos farão concerto sob orientação de professores; apresentação gratuita nesta quarta será supervisionada por Alexandre Bauab Jr

 

Nesta quarta-feira, 27, cinco alunos de três cursos diferentes da área de choro do Conservatório de Tatuí fazem recital de formatura. A apresentação será a partir das 20h30 no teatro “Procópio Ferreira” e tem entrada franca.

Integrarão o recital, os formandos: Maria Isabel Zattera (flauta), Gabriela Andrade e Rafael Chieffi (percussão) e Rafael Meira e Wilton Rodrigo Lino (cavaquinho). Eles são orientados pelos professores Altino Toledo, Benedito “Ditinho” de Paula, Marcelo Cândido e Rodrigo Moura. A coordenação é de Alexandre Bauab Júnior.

O recital contará com apresentação de obras de Ernesto Nazareth (“Cris em Penca”), Ladislau Pereira da Silva (“Gadu Namorando”), Sivuca (“Um Tom para Jobim”), Pixinguinha (“Desprezado”) e Nelson Alves (“Mistura e Manda”).

Também estão previstas obras de Jacob do Bandolim (“A Ginga do Mané”), Dominguinhos/Gilberto Gil (“Lamento Sertanejo”), Waldir Azevedo (“Carioquinha e Cadenciando”) e Avena de Castro (“Okik Ryas e Papo de Anjo”).

Destaque, também, para obras compostas pelos próprios alunos formandos: “Circense” e “Dito e Feito” (de Maria Isabel Zattera) e “Sai da Toca Tatu” (de Rafael Meira).

A apresentação contará com participação especial de Adriano Martins, baixo elétrico; Carlos Eduardo Altro Barros, violão; Conrado Bruno, trombone; Cristiano Pedroso, violão sete cordas; Isaias Alves, saxofone; Everton Campos, flauta; Nando Vicencio, saxofone; e Pedro Vercelino, percussão.

Segundo a assessoria de comunicação do Conservatório, a escola de música do município de Tatuí é “a primeira brasileira, mantida por um governo estadual, a incluir em seu currículo o gênero “choro” como matéria pedagógica”.

O curso é oferecido desde o ano de 1999. “Nenhuma outra escola do Brasil, estadual ou particular – com exceção da escola de choro de Brasília, mantida pelo governo federal e fundada um ano antes, em 1998 -, teve a iniciativa de abrir espaço a esse tão importante gênero da música brasileira”, citou a assessoria em nota.

Na coordenação de choro, são oferecidos cursos de flauta transversal, violão, bandolim, cavaquinho, percussão e prática de conjunto popular. Os cursos de instrumentos têm fixo na grade as disciplinas: instrumento; teóricas: teoria e percepção, harmonia popular; e prática de conjunto.

Para os cursos da coordenação de choro são previstas, ainda, as seguintes disciplinas optativas: linguagem de choro, história da música popular e arranjo, maracatu, ritmos brasileiros, piano ou violão complementar, percussão complementar e prática de big band.

A divulgação do choro pelo Conservatório de Tatuí iniciou-se em 1993. Já a partir dessa data a escola passou a manter o gênero como uma das opções de grupo musical oferecidas pela instituição “a serviço da boa música”.

A partir de 2009, o choro conquistou espaço próprio dentro da instituição, “uma área específica abrangendo grande número de ritmos formadores (as músicas-danças europeias: polca, mazurca, valsa, schottisch, quadrilha e habanera) e, também, ritmos não formadores”, informou a assessoria em nota à imprensa.

Os ritmos não formadores, de acordo com o setor, com o tempo, foram agregados ao “extenso repertório do curso, pelos muitos compositores chorões como o baião, o frevo, o samba, o arrasta-pé e outros ritmos urbanos e também rurais”.

A área de choro do Conservatório de Tatuí busca conciliar aprendizado formal e aprendizado não formal. Os ensinamentos proporcionam aos alunos atividades extraclasses nas quais eles, são “preparados para o desempenho, seguindo, assim, as formas tradicionais de aprendizagem do choro”.

A área utiliza, para tanto, a roda de choro, considerada “principal estratégia no que diz respeito à educação informal”. A atividade “foi e continua sendo o espaço principal de formação de chorões”.

“O tocar de memória, o acompanhamento de ouvido, a leitura gestual dos outros instrumentos, o contracanto improvisado, o contato com outros alunos e professores participantes, a proximidade com os ouvintes são fatores que acrescentam uma vivência musical impossível em salas de aula”, enumerou a escola de música, por meio de material enviado pela assessoria.

Os ingressos para o recital dos formandos podem ser retirados na bilheteria do teatro, momentos antes da apresentação. O “Procópio Ferreira” fica à rua São Bento, 415.