Ceramista suspeito de matar namorada continua foragido





O ceramista Manoel Leôncio da Silva, 46, suspeito de matar a namorada, Alessandra de Jesus Ponce, 36, está foragido desde a tarde de segunda-feira, 9, quando o crime ocorreu. O caso é o primeiro homicídio do ano.

Alessandra foi assassinada a golpes de facadas no início da tarde de segunda-feira, no Jardim Thomaz Guedes. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito, namorado dela, fugiu após supostamente cometer o crime, que está sendo tratado como “passional”. A vítima era mãe de quatro filhos.

De acordo com a Polícia Civil, Alessandra fora morta com mais de 15 facadas. Os golpes foram desferidos na região da face, pescoço, tórax, abdômen e pernas.

O crime teria ocorrido por volta das 13h. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionado, porém, os médicos constataram que a vítima já estava morta.

Peritos que investigaram o local do crime descobriram indícios de luta corporal entre a vítima e o assassino. Alessandra foi encontrada morta pela filha do suspeito, que mora em uma casa nos fundos do local do crime. Ela teria ouvido “barulhos estranhos” e gritos que vinham da casa do pai dela.

Com a ajuda de um vizinho, a filha conseguiu arrombar a porta da sala, que estava trancada, e encontrou a vítima no chão da sala. Foram verificados vestígios de sangue no banheiro. De acordo com testemunhas, Silva teria fugido a pé da casa pelos fundos, enquanto a filha tentava socorrer a vítima.

Vizinhos afirmaram que os gritos de Alessandra, provavelmente na hora em que estava sendo agredida, foram ouvidos da casa ao lado.

Policiais militares encontraram a arma usada no crime em um terreno atrás da residência do suspeito. É uma faca de cozinha média e pontiaguda, com aproximadamente 30 centímetros. A motocicleta de Silva foi apreendida para coleta de provas.

O comandante da 2ª Companhia do 22º Batalhão da Polícia Militar, capitão Kleber Vieira Pinto, afirmou que policiais fizeram diligências no local de trabalho de Silva, uma cerâmica na rodovia Mário Batista Mori (SP-141), e na casa de familiares. As buscas continuam.

“Nós fizemos buscas em todos os possíveis locais onde ele estaria. O suspeito está identificado, porém, foragido”, declarou.

Segundo o capitão, homicídios passionais são casos “impossíveis” de serem prevenidos, tanto pela Polícia Civil quanto pela Militar. “É imprevisível, impossíveis de prevenir, envolve muita emoção por parte de quem comete”.

De acordo com vizinhos, Alessandra sempre visitava a casa do namorado na rua Damárcio do Amaral. Eles teriam tido alguns desentendimentos conjugais, porém, nenhuma briga ou discussão que chamasse a atenção.

Testemunhas afirmaram que os dois teriam rompido a relação e que estariam tentando reatar. Alessandra era vista quase diariamente na casa do namorado, que lhe dava carona para o trabalho, um motel próximo ao Aeroclube de Tatuí e caminho para a cerâmica onde Silva trabalha.

Silva tinha temperamento tranquilo e foi relatado como um dos melhores funcionários da empresa onde trabalhava, conforme relatado pelas autoridades policiais.

De acordo com vizinhos, nos sete anos em que viveu na rua Damárcio do Amaral, nunca se envolveu em brigas e mantinha relacionamento cordial com os moradores do entorno.