Casa de Acolhimento registra 15 internos e 40 reintegrados





AC Prefeitura

Equipe da entidade, Oliveira, Manu e voluntários comemoram números

 

A Casa de Acolhimento Institucional – antiga Casa de Abrigo Transitória – de Tatuí está comemorando um “recorde”. Conforme a assessoria de comunicação da Prefeitura, o abrigo atende o menor número de crianças desde o início do ano. A quantidade é citada pela Prefeitura como a “menor da história”.

Atualmente, 15 estão alojadas no espaço mantido pela Prefeitura por meio do Departamento de Bem-Estar Social e Cidadania. Desde janeiro, 40 dos 55 menores retornaram para o convívio de suas famílias. Até o final de 2014, outras cinco serão reintegradas aos lares.

Os números divulgados na manhã de ontem, terça-feira, 14, são apontados como frutos de integração entre o Executivo e o Juizado da Infância e Juventude. De acordo com o diretor do departamento, Márcio Fernandes Oliveira, “cada caso é estudado minuciosamente por promotores e juízes”.

“A Casa de Acolhimento tem, hoje, um novo foco, e assim que deve ser tratada como um lar provisório, para que as crianças possam regressar às suas casas”, declarou em nota.

Oliveira afirmou que o departamento identificou “o real motivo das crianças terem parado” no abrigo e que, na maioria das vezes, direciona os menores para programas sociais ou buscam algum parente da família para cuidar deles.

“Em alguns casos, o departamento, em parceria com voluntários, realiza até mesmo a reforma de algumas residências para acelerar o processo de reintegração dessas famílias”, relatou Oliveira, por meio de nota encaminhada à imprensa.

A Casa de Acolhimento abriga meninos e meninas, com idades entre 7 e 18 anos. A instituição atende os mais diversos casos envolvendo crianças (maus-tratos, menores que tiveram os pais presos ou que viviam numa situação precária em suas casas, entre outros).

Para que haja a reintegração das crianças, as famílias recebem acompanhamento social e direcionamento para programas de proteção social federais, estaduais ou do próprio município, como o Bolsa Família e o Banco de Alimentos.

Mesmo após os encaminhamentos de retorno para famílias de origem, ou adoção, a instituição informou que acompanha cada menor durante o período de dois anos.

Em nota, o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, destacou a nova política realizada no abrigo e agradeceu à boa vontade e dedicação do Judiciário.

“A Casa de Acolhimento é para trabalhar como exceção nos casos realmente graves, onde existe impossibilidade de convivência ou mesmo de reintegração com as famílias”, disse o prefeito. “Além de melhorar as condições de sobrevivência e atendimento a esses menores, estamos cumprindo a missão de reconstruir lares e, principalmente, o futuro dessas crianças”, concluiu.

Localizada na rua Joaquim de Souza Miranda, 145, no Vale da Lua, a Casa de Acolhimento Institucional funciona 24 horas por dia, com atendimento ininterrupto aos internos. Neste mês, mais sete crianças devem ser recebidas pelo abrigo.

O espaço conta com parcerias com a iniciativa privada. Entre os exemplos citados pelo Executivo, está o trabalho desenvolvido pela BRF. Por meio de seu programa de voluntariado, a empresa doou, recentemente, alimentos e donativos.